Murphy Days

Murphy – Viver Sem Fronteiras

Já que o assunto é telefonia móvel — tenho a impressão de que Murphy é o CEO de quase todas as empresas do ramo —, lembrei-me de um episódio emblemático do poder incontestável da mais infalível de todas as leis.

Certa vez, namorado e eu viajamos à terra do leitE quentE capital do Paraná para que ele prestasse um concurso. Ao chegar lá, embarcaríamos no ônibus executivo que sai do Aeroporto Afonso Pena e desceríamos em algum dos pontos pelos quais ele passa, onde seríamos apanhados por uma amiga minha.

O combinado era que telefonaríamos para ela assim que embarcássemos no ônibus, para informar por onde ele passa, e assim combinaríamos o local certo do encontro. Porém, ao pisarmos em Curitiba, o celular do namorado — que tem o plano Liberty (que permite ligar gratuitamente infinitamente para qualquer Tim) — pifou. [Contando com a comodidade de ter um celular de conta, eu não havia, por óbvio, recarregado o meu pobre pré-pago].

Celulares… por que eles sempre pifam quando mais precisamos deles? Murphy explica.

Pois bem. Levamos algum tempo invertendo chips e aparelhos até, finalmente, descobrirmos que não havia solução, pois o chip dele é que havia queimado mesmo. De imediato, sugeri: “Vou comprar créditos para o meu celular, então”.

Numa situação normal, com pessoas normais, seria a solução dos nossos problemas… Mas, quando se trata de mim, a Lei de Murphy é absurdamente caprichosa. Ou seja, haveria solução, se houvesse ao menos uma mísera maquininha de recarga da Tim funcionando naquele aeroporto inteiro.

Por fim, tivemos que apelar para o velho e bom orelhão, que, por ser longe do ponto, nos fez perder o primeiro ônibus.

E aqui entra um adendo interessante: eu perguntei a ela se seria melhor descermos na Rodoviária ou no Shopping Estação, e ela disse que o shopping era mais perto para ela. Mas (lá vem o “mas”), caipira em cidade grande sempre faz umas presepadas. Nós não sabíamos qual era o trajeto do ônibus e, portanto, sabíamos menos ainda que: 1) a Rodoviária é perto do Shopping Estação; 2) a Rodoviária é o primeiro ponto; 3) o shopping é o último. Por consequência, a pobre coitada acabou ficando mais de uma hora e meia parada dentro do carro no local combinado nos esperando. Ah, e tudo isso porque ela queria ter ido nos buscar no Aeroporto, mas nós teimamos que preferiríamos parar mais perto da casa dela para “não incomodar”…

Depois de todos esses percalços, chegamos finalmente à casa da minha amiga, porém, ficamos sem celular o final de semana inteiro. Só fomos conseguir resolver a situação depois que voltamos a Foz. Mas esse post será suspenso agora e retomado oportunamente para a continuação dessa história, que tem um desfecho bem murphyano. Aguardem.

Sobre o autor

Mayara Godoy

Palestrante de boteco. Internauta estressada. Blogueira frustrada. Sarcástica compulsiva. Corintiana (maloqueira) sofredora. Capricorniana com ascendente em Murphy. Síndrome de Professor Pasquale. Paciente como o Seo Saraiva. Estudiosa de cultura inútil. Internet junkie. Uma lady, só que não. Boca-suja incorrigível. Colunista de opiniões aleatórias. Especialista em nada com coisa nenhuma.

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