Murphy Days

Murphy – Viver Sem Fronteiras [parte 2]

Escrito por Mayara Godoy

A regra é clara: quando se trata de telefonia móvel, tudo pode dar errado (e dá).

Se você não leu, antes, leia: Murphy – Viver Sem Fronteiras – primeira parte

De volta à nossa terrinha, decidi que não queria mais ter um celular pré-pago, pois o “pai de santo” sempre nos deixa na mão quando mais precisamos. Imediatamente, comecei a pesquisar quais eram os planos pós-pagos mais acessíveis, e me deparei com o Infinity Controle, que me interessou.

Quando fomos à loja da Tim localizada no shopping para comprar um chip novo para ele, pedi à vendedora para fazer a migração do meu plano. Para minha surpresa, ela me respondeu que o plano não existia mais.

_Mas como, se eu acabei de ver esse plano na internet? — indaguei.
_Não existe. Nós só vendemos o Liberty.

Saí de lá putífera, engolindo todos os palavrões que eu queria dizer. Cheguei em casa e, imediatamente, comecei a ligar para a Tim para tentar fazer a migração. Sem exagero algum, foram três dias tentando.

A tecnologia evoluiu… mas, e o serviço?

Toda vez que eu ligava, eram pelo menos 40 minutos perdidos pendurada ao telefone. Quando eu não ficava ouvindo aquela musiquinha insuportável de espera e desistia por pura falta de condição psicológica de prosseguir naquela tortura, algum atendente com voz de pato me pedia todos os meus dados somente para, depois, dizer que transferiria a ligação para o setor responsável, e assim sucessivamente, o que me leva a crer que o único procedimento existente nesses serviços de telemarketing é transferir para o suposto setor responsável, que, obviamente, é uma lenda urbana. (Sim, escrevi esta frase inteira sem vírgula propositalmente para vocês entenderem a ansiedade que essa situação me causou)

Quando, finalmente, alguém resolvia fazer a caridade de tentar fazer a migração para mim, o sistema ou a ligação caía — sempre depois de, no mínimo, 45 minutos, é claro.

Tentei, ainda, outros canais, como Facebook, Twitter, e-mail, mas, aparentemente, apenas robôs controlam as mídias sociais da Tim — não é muito diferente do telefone, mas, prossigamos.

Nesse processo todo, eu perdi a paciência e a compostura,tive três tipos de ataques de nervos, xinguei até a décima oitava geração de todos os dirigentes e funcionários da Tim e, no final das contas, taquei um “foda-se” e deixei para lá.

Essa história teria tudo para terminar aqui, mas Murphy é zeloso. Excessivamente zeloso. E só para esfregar na minha cara que a treta o problema é comigo mesmo, dias depois minha mãe me conta a seguinte novidade:

_Troquei meu plano da Tim. Agora estou com o Infinity Controle.
_Como você conseguiu migrar? — Perguntei, já indignada.
_Ah, eles me ligavam todo dia oferecendo, e de tanto eles encherem o saco eu resolvi mudar.

Agora, eu pergunto: a Tim me odeia, ou é Murphy que tem problemas pessoais comigo?

Sobre o autor

Mayara Godoy

Palestrante de boteco. Internauta estressada. Blogueira frustrada. Sarcástica compulsiva. Corintiana (maloqueira) sofredora. Capricorniana com ascendente em Murphy. Síndrome de Professor Pasquale. Paciente como o Seo Saraiva. Estudiosa de cultura inútil. Internet junkie. Uma lady, só que não. Boca-suja incorrigível. Colunista de opiniões aleatórias. Especialista em nada com coisa nenhuma.

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