Murphy Days

Os enviados de Murphy

Escrito por Mayara Godoy

Murphy, o onipresente, o onipotente, o onisciente, por mais poderoso que seja, não opera sozinho, é claro. Como um verdadeiro führer, tem uma legião de “soldados”, sempre a postos para garantir que nenhum evento potencialmente murphyano — ou seja, praticamente nenhum evento — escape de sua lei.

Murphy, o onipresente, o onipotente, o onisciente, por mais poderoso que seja, não opera sozinho, é claro. Como um verdadeiro führer, tem uma legião de “soldados”, sempre a postos para garantir que nenhum evento potencialmente murphyano — ou seja, praticamente nenhum evento — escape de sua lei.

E esses enviados de Murphy estão em todos os lugares. Muitas vezes, você pode até não os reconhecer, mas eles estão sempre ali, vigilantes.

Esqueçam as escadas, os gatos pretos e toda essa balela de sexta-feira 13. Os verdadeiros agentes de Murphy agem diuturnamente, e à paisana.

No supermercado

Não se engane: aquele cara que estaciona no supermercado lotado ocupando duas vagas é, definitivamente, um agente murphyano.

Ah, e a moça do caixa, que passa suas compras errado e depois te faz esperar meia hora até um superior vir passar o cartãozinho para poder estornar, também.

Tem aquela pessoa que fica meia hora em frente à gôndola olhando sabe-se lá o que, como se não houvesse amanhã, e impede qualquer pessoa de pegar um mísero produto dali.

E tem as mães, que deixam seus filhos “pilotarem” desvairadamente os carrinhos, sempre em direção aos nossos mindinhos.

Tudo isso sem contar os repositores, que sempre posicionam estrategicamente as frutas de forma que você não consiga retirar uma sem derrubar o resto.

No transporte coletivo

Quem usa transporte coletivo sabe que esse é um assunto à parte. Renderia não um post, mas um livro. Afinal, é, sem dúvida alguma, a maior concentração de agentes murphyanos por metro quadrado. Começando pelos sem-noção que ouvem música no celular sem fone de ouvido! Nem preciso comentar, não é?

E aí sempre tem aquela pessoa malcheirosa, que parece nunca ter ouvido falar em desodorante. Ou aquele espaçoso, que insiste em ficar esbarrando nas pessoas. Ou aquela criatura insuportavelmente falante que puxa assunto com tudo e com todos às 7h da manhã. Fora aquele sujeitinho que, quando o ônibus chega ao ponto, empurra todo mundo para poder entrar primeiro.

No condomínio

Quem mora em condomínio — seja horizontal ou vertical — sempre passa por experiências murphyanas. Tipo aquela vizinha faladeira que, sempre que você está com pressa, resolve te parar e puxar os mais variados (e absurdos) assuntos.

Ou aquele outro vizinho, que não pode ver você recebendo um amigo em casa e logo liga para o síndico reclamando do “barulho”. Tem também o oposto: aquele que parece não fazer nada da vida, pois vive dando altas festas de arromba até as 3h da manhã em dia de semana — e foda-se você, que acorda cedo para trabalhar.

Mas, áreas de lazer e vizinhos chatos à parte, o lugar predileto dos enviados de Murphy é, sem sombra de dúvida, o elevador. Porque sempre tem alguém segurando o bendito quando você está atrasado. E sempre que você precisar sair rápido, haverá uma criança brincando de apertar todos os botões, fazendo-o parar em todos os andares.

Ou o elevador estará em manutenção, quando você chegar do supermercado com a compra do mês.

Obviamente, estes são apenas alguns exemplos de como agem os enviados de Murphy. Esse é o tipo de assunto que deverá ter continuação (se Murphy permitir, é claro). Quer contribuir com histórias murphyanas? Envie e-mail para murphydays@gmail.com e torça para seu computador não queimar.

Sobre o autor

Mayara Godoy

Palestrante de boteco. Internauta estressada. Blogueira frustrada. Sarcástica compulsiva. Corintiana (maloqueira) sofredora. Capricorniana com ascendente em Murphy. Síndrome de Professor Pasquale. Paciente como o Seo Saraiva. Estudiosa de cultura inútil. Internet junkie. Uma lady, só que não. Boca-suja incorrigível. Colunista de opiniões aleatórias. Especialista em nada com coisa nenhuma.