Casa

De volta e de mudança

Escrito por Rose Carreiro

Este deveria ser um post de agradecimento a Deus, ao meu esforço e ao do meu barbudo, que conseguimos comprar nossa primeira casinha…mas isso daqui é o Murphy Days e eu voltei pra contar toda a epopeia que foi a história de nossas vidas na busca pelo apartamento perfeito.

Depois de morar por quase cinco anos com meus sogros de favor, em setembro passado comecei a busca incessante por um cafofo que pudéssemos financiar. Primeiro, não tinha nada barato – porque desde que eu vim pra Londrina, houve um aumento exponencial do setor imobiliário, e então, o que entrava no nosso orçamento ficava longe do centro, ou não tinha garagem, ou só tinha um quarto. Quando tinha algo que se encaixava nos nossos requisitos, o dono não queria negociar ou já tinha alguém na nossa frente (duas vezes!). Enfim, em fevereiro encontrei o apartamento de boa localização, preço um pouco acima do que podíamos financiar – mas era negociável – e com dois quartos, sala, cozinha, banheiro, vaga de garagem e, o melhor: com elevador a 15 minutos a pé do meu trabalho.

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I did it!

Vimos o apartamento, negociamos, entramos com o pedido de financiamento na Caixa em março e – tcharam! – em abril, quando meu processo já estava correndo, a Caixa mudou as regras. Eu corria o risco de não ter a aprovação, os juros subiriam, a entrada também seria maior…e enquanto o tempo corria, foram muitos dias de fúria, muitas ligações pro Caixa Aqui, em que a atendente dizia que o contrato deveria chegar na terça ou na quarta, e passaram-se 3 semanas.

Nesse meio tempo, além das perebas e gastrite e dores de barriga, a pessoa que me atendia lá me deu vários papéis pra assinar, depois me chamou de volta porque se esqueceu de me dar um papel (que era a autorização de saque do FGTS), depois me chamou de novo porque algum papel já tinha vencido e eu tive que assinar de novo, tive que pagar duas certidões que só valiam 30 dias – e o meu processo já passava de 50…veio maio, e nada.

No final do mês, chegou o bendito contrato! Aleluiagloriadeus, minha amiga até comprou um bolo no trabalho pra comemorar. E não é que eu chego na Caixa e o contrato está ERRADO? Pois é, Murphy veio nimim quente…e então eu entrei na fila de espera pela correção. Que também viria na terça ou quarta, e que durou – sem zoeira – mais um mês. Eu fui à agência da Caixa pra ver o que estava acontecendo, porque a primeira parcela do financiamento já ia cair na minha conta, mas não tive solução, e ninguém podia acelerar o processo da correção. Finalmente, veio o novo contrato – que ainda tinha uma letra errada no meu endereço, mas que era passável, e assinei as 1000 páginas feliz da vida.

Claro que a Caixa cobrou a parcela antes da hora, daí teve de estornar, e enquanto isso começamos a reforma do apartamento. Encontramos um monte de pontinhas de cigarro de maconha dentro do espelho de tomada da lavanderia, tivemos de passar massa corrida nas paredes que estavam cheias de cola do morador anterior, mas tudo bem. A escritura ainda não está pronta e eu me mudo na próxima semana. Murphy, eu estou só esperando as cenas do próximo capítulo.

Sobre o autor

Rose Carreiro

Nascida num 20 de Outubro dos anos 80. Naturalmente petropolitana, com passaporte carioca. Flamenguista pé frio e expert em não se aprofundar em regras esportivas. Fã de Verissimo – o Luis Fernando – e Nelson, o Rodrigues (apesar de tudo). Poser. Pole dancer com as melhores técnicas para ganhar hematomas. Amadora no ofício de cozinhar e fazer encenações cômicas baratas. Profissional na arte de cair nos bueiros da Lei de Murphy.

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