Etiqueta Sem meias palavras

O devastador efeito da carência

Escrito por Nathalia Karl

O povo anda possuído, e não é pelo lamentável “ritmo ragatanga”, já que até aquela época não deveria existir coisa pior. Hoje é fato, é manchete, é quase uma nova praga do Egito, as pessoas estão absurdamente carentes no sentido mais amplo da palavra.

Atualmente, as redes sociais ditam moda, beleza e, principalmente, comportamento. Essa parte tem falado muito sobre os nossos semelhantes e, também, tem comprovado regras perigosas e estatísticas desastrosas.

O povo anda possuído, e não é pelo lamentável “ritmo ragatanga”, já que até aquela época não deveria existir coisa pior. Hoje é fato, é manchete, é quase uma nova praga do Egito, as pessoas estão absurdamente carentes no sentido mais amplo da palavra. Seja no campo do afeto, das relações profissionais, pessoais e até sobrenaturais, elas não só propagam como disseminam esse sentimento e estado de espírito nas redes sociais, sem se darem conta de seus mais variados efeitos devastadores.

Se alguém acha a carência um predicado da vida moderna, eu ouso ser o quinto cavaleiro do Apocalispe, que vai anunciar que esse alguém está errado, muito errado, e que carência não une as pessoas, seu maior efeito é justamente afastá-las. E, dependendo do nível da desgraça, até o seu melhor amigo vai preferir encarar a Faixa de Gaza de peito aberto e coração valente a ouvi-lo por 30 segundos.

O mundo já está bastante triste e, se hoje você acordou com saúde, agradeça; pois, se ainda não te disseram, carência não é doença. Mas se você acordou carente, repense, repense muito, repense grande, afinal, como eu já disse: ninguém suporta gente chata.

Sejamos leves.

Sobre o autor

Nathalia Karl

Nathália é uma vítima de suas próprias frases mal alinhavadas que lhe rendem um retrato falado que não corresponde a realidade.
Está lançado o desafio: Se não gostarem, processem-me.