Texto: Mariana Fernandes | Ao som de: Mila Calheiros – Quando bate aquela saudade
Oi, sou eu outra vez.
Eu sei que tá tarde, mas tem uma coisa que eu precisava te dizer.
É que eu acabei de ler um texto que diz pra gente não ir dormir sem dizer que ama alguém. Então, cá estou eu, de novo, escrevendo apenas mais uma de amor pra você.
É diferente, né? A gente sempre diz que se gosta, mas você sabe (e eu também) que é muito mais que amor o que sente um pelo outro. Ainda não encontrei uma nomenclatura tão significativamente expressiva pra isso. Amores de outras vidas, que nem sabemos se acreditamos existir, de outras essências, advindos de outras almas. Algo humanamente inexplicável. Do tipo de coisa que só se entende por olhar.
Não lembro quantas vezes disse que te amo, Bolota. Uma vez no trânsito, outra quase dormindo… Mas, e se eu morrer? Você vai saber o quanto eu te amei, amo e ainda vou amar… muito?
Os sentimentos estão confusos e certos, vivos e lindos bem aqui dentro de mim. Mas o círculo tá fechando, Bolotinha, e eu ando me cobrando de ser feliz. Muito feliz. Feliz daquele jeito que você sempre tenta exemplificar quando me diz: “ainda não pude demonstrar nem um milésimo do que posso fazer por você, por nós dois”.
Antes que termine o dia e eu caia no sono.
Antes que termine o fôlego e acabe coragem.
Antes que minha vida acabe e eu perca você, preciso te dizer o quanto que é grande meu amor por você.
Clichê, brega e o Roberto já falou sobre isso, mas aposto que o Rei não sentia esse amor assim.
Sinceramente, eu pressinto que aquele final feliz é nosso. Eu e você. Juntos. Casamento, um sim no altar e felizes pra sempre. Votos e juras de amor. Ninguém mais fala disso, eu sei, mas é do seu lado que eu me vejo fazendo tudo isso (e indo ao show do Sepultura também).
Daí, só pra prevenir, eu peço nas minhas orações que Deus, os anjos da guarda, o destino (e todos os outros seres espirituais que têm conspirado para que essa história ainda exista) possam colaborar e dar aquele jeitinho de não existir mais uma noite sequer que eu durma longe de você. Já foi tempo demais, Bolota. E até meu cachorro tá sentindo sua falta.
Eu não sei o que vai ser da nossa história e eu sei que tá tarde.
Só que antes de dormir eu precisava te dizer: desse outro lado da tela, a dez minutos da sua casa: tem alguém que ama e sempre amou você.