Não façamos da futilidade, a ilusória maneira de perseguir o cotidiano, em um sistema condenado pelas mentes insanas, sem respeito às almas virtuosas.
Não façamos da alegria, o prazer vaporizado em cordas levantadas por anjos caídos;
caminhar favorecendo a felicidade aos limites expostos é impor a alegria externa à natural, interna e infinita.
Não façamos do ego, existência ininterrupta que cala a sutileza real do amor;
opostos do ego e da ignorância, fraternidade e cordialidade em respeito ao vivo e ao morto são os caminhos de abertura.
Não façamos da guerra, sentido ou lógica que mata em prol do poder material, irracional;
maneira de impor a força contra vidas igualitárias e que merecem respeito, ao mínimo, de respirar.
Não façamos da religião, sectarismo e política;
religar-se ao mundo metafísico não faz parte do sistema estatal ou até do sistema humano.
A mente pura é capaz de apertar o botão e despertar-se.
A intolerância não é da natureza individual, mas grupal.
Não façamos do coração, vidro ou pedra;
o bater das veias deve seguir a ternura do equilíbrio, para existir sadiamente, coexistindo com a beleza do amor sem a escuridão do ódio desequilibrado.
Não façamos dos animais, seres inferiores e servos;
todos os seres estão vivos neste momento pela originação dependente de todos.
A teia da vida não é individual, mas coletiva.
A rosa no alto da montanha tem a razão de estar viva – e você também.
Todos respirando o mesmo ar.
Não façamos da vida, a morte;
a inexistência é o antes e o depois.
Não pensar em nada e sentir a música é saber viver no presente existente.
Acariciar o prazer do vivo sem ligação com modos sistêmicos impostos pela razão social.
Alcançar a felicidade sem necessitá-la.
Amar sem ter amor.