Falo daqui, diretamente de Nárnia, esse mundo de confusões mentais e amorosas criadas, inventadas, renovadas e abstraídas. Lugar que eu volto sem jamais ter deixado de ir, onde eu me iludo, conduzo e convido vocês a participarem de teimosos e hilariantes joguinhos de sedução ou carteado, tudo isso e nada disso, apenas para questionar rapidamente as matemáticas e as singularidades desse lance chamado amor.
Quem nunca teve um grande amor, daqueles que só aconteceu na sua cabeça, não sabe o que é ser o herói e o anti-herói de sua própria história. Quem nunca viveu um grande amor, daqueles que nunca existiu na vida real, não sabe o que é se embalar e se encontrar em Anos Dourados de Maria Bethania. Quem nunca teve um grande amor de mentirinha jamais entenderá os loucos desalmados, como eu, como vocês que tiveram não só um, mas como vários amores platônicos e “bestônicos”.
Aliás, quem nunca teve um grande amor imaginário não sabe o que é ser e se sentir um grande idiota. Quem nunca experimentou de um amor que nunca foi amor não conhece as virtudes tônicas da ilusão. Então, realista, me despeço de vocês (meus amores) e daqui de Nárnia, onde todos os amores são possíveis, todos os sexos são desconcertantes, e todo mundo dorme de conchinha sem reclamar do calor e de braços dormentes.
E digo mais, no vindouro dia 12 vai ter jantar sim, vai ter textão sim, vai ter presente sim, vai ter nudes sim e sabe com quem? Cada qual com seu bem querer, imaginário ou não, e viva o AMOR, seja lá de que maneira for.