Durante muito tempo, eu pensei que já tivesse encontrado o “amor da minha vida”. Era um relacionamento bom, que me fez feliz por um longo período, e por isso eu pensei que seria para a vida inteira. Ou, talvez, eu tenha sido levada a acreditar que tinha de ser para a vida inteira, se fosse amor de verdade. Quando acabou, eu pensei que tivesse “perdido o amor da minha vida”.
Mas o fato é que, depois de passado o período mais conturbado, outros amores vieram. E se foram. E a minha vida continua aqui. E eu continuo aqui. E o mais impressionante em tudo isso foi descobrir que, por mais que os amores venham e vão, por mais que nosso coração tenha sido despedaçado incontáveis vezes, ele se regenera, e a gente não perde a capacidade de amar.
Eu sei que ainda vou amar outras pessoas. E vou amar de verdade, e vou ter a sensação de que vai ser pra sempre. Pode ser que, eventualmente, um deles seja mesmo. Pode ser que não. Mas, a duração, ou o fato de acabar não fará de nenhum deles “menos amor”. Amor é amor. Nenhum é maior nem menor que o outro. E ainda assim todos são especiais.
Mas, não posso ser injusta e dizer que não existe um amor pra vida toda. Existe. Eu tenho um amor pra vida toda, e esse é inabalável. Todos os outros amores podem ir e vir, mas esse permanecerá. Esse, ninguém tira de mim. Porque o amor da minha vida sou eu.