Vocês se conheceram, trocaram olhares, sorrisos e telefones.
Depois foi um “bom dia” daqui, um “boa noite” dali, até o “vamos sair”.
O encontro foi bom, as risadas, sinceras, os toques de mão, inevitáveis e o resto da noite, perfeito.
No dia seguinte, você acorda, olha pra ela dormindo na maior paz e pensa: é ela. Essa é a pessoa com quem eu quero acordar de novo, e de novo, e de novo até eu não acordar mais.
Ela acorda, rolam novos carinhos, um chamego e a necessidade de ela ir embora.
“Tudo bem. Ela já tinha compromisso. Depois a gente se fala. Vou esperar dois dias pra mandar mensagem? Muito tempo. Ela vai me esquecer. Hoje mesmo? Pouco tempo. Ela vai achar que eu sou grudento. Um dia? Perfeito.”
Quer dizer, perfeito até você se ligar que não consegue pensar em mais nada além dela. Do sorriso dela. Do abraço dela. Do corpo dela. Do jeito que ela franze o nariz quando dá risada ou abaixa os olhos de timidez quando recebe um elogio.
Você manda uma mensagem.
Adorei a nossa noite ontem. Vai fazer alguma coisa hoje?
“Hum, muito direto. O que ela vai pensar? Ai, minha ansiedade. Desde 1985 estragando tudo. Já deve ter passado o quê? Umas 4 horas e ela ainda não respondeu? Deixa eu conferir quanto tempo realmente passou? 3 minutos? Ok. Pode ser coisa da minha cabeça. Bom, é isso. Nunca mais eu vou encontrar o amor. Ela era a minha última esperança. A gente era sensacional junto. Ela sem defeitos, e eu com todos. Era o equilíbrio perfeito. Adeus, mundo cruel de pessoas que ainda acreditam em paix…”
PLIM
Oi, eu também adorei a nossa noite. Não ia fazer nada, não. Mas a gente poderia vir jantar aqui em casa.
Sempre acreditei!