Amor é prosa

A esperança é a última que morre. A dignidade é a primeira.

Escrito por Breno Amaro

Às vezes, quando menos esperamos, aquele frio na barriga já se apossou da gente novamente, e nos pegamos sorrindo pensando em alguém…

Vocês se conheceram, trocaram olhares, sorrisos e telefones.

Depois foi um “bom dia” daqui, um “boa noite” dali, até o “vamos sair”.

O encontro foi bom, as risadas, sinceras, os toques de mão, inevitáveis e o resto da noite, perfeito.

No dia seguinte, você acorda, olha pra ela dormindo na maior paz e pensa: é ela. Essa é a pessoa com quem eu quero acordar de novo, e de novo, e de novo até eu não acordar mais.

Ela acorda, rolam novos carinhos, um chamego e a necessidade de ela ir embora.

“Tudo bem. Ela já tinha compromisso. Depois a gente se fala. Vou esperar dois dias pra mandar mensagem? Muito tempo. Ela vai me esquecer. Hoje mesmo? Pouco tempo. Ela vai achar que eu sou grudento. Um dia? Perfeito.”

Quer dizer, perfeito até você se ligar que não consegue pensar em mais nada além dela. Do sorriso dela. Do abraço dela. Do corpo dela. Do jeito que ela franze o nariz quando dá risada ou abaixa os olhos de timidez quando recebe um elogio.

Você manda uma mensagem.

Adorei a nossa noite ontem. Vai fazer alguma coisa hoje?

“Hum, muito direto. O que ela vai pensar? Ai, minha ansiedade. Desde 1985 estragando tudo. Já deve ter passado o quê? Umas 4 horas e ela ainda não respondeu? Deixa eu conferir quanto tempo realmente passou? 3 minutos? Ok. Pode ser coisa da minha cabeça. Bom, é isso. Nunca mais eu vou encontrar o amor. Ela era a minha última esperança. A gente era sensacional junto. Ela sem defeitos, e eu com todos. Era o equilíbrio perfeito. Adeus, mundo cruel de pessoas que ainda acreditam em paix…”

PLIM

Oi, eu também adorei a nossa noite. Não ia fazer nada, não. Mas a gente poderia vir jantar aqui em casa.

Sempre acreditei!

Sobre o autor

Breno Amaro

Oi, eu sou o Breno. Carioca, redator, flamenguista, fã de surf, do Philadelphia Eagles e de Cavaleiros do Zodíaco. Faixa preta em Mortal Kombat e bi-campeão do World Series of Pavê 2015-16, comecei a escrever porque nunca aprendi a desenhar. Eu me fantasio de Ryu, de Ivan Drago e de Tigre no carnaval. Uma frase? “Trabalhe com o que ama e você nunca vai precisar trabalhar na vida, porque vai morrer de fome”. Escrevo sobre tudo o que passa na minha cabeça, sobre tudo que acontece na minha vida e, sobretudo, sobre nada. Meu cachorro se chama Bolinho.