Passei alguns dias, recentemente, em Balneário Camboriú, no apartamento da minha família. A princípio, eu ia ficar só estudando e aproveitando um pouco a praia, mas acabei fazendo algumas pequenas reformas no apartamento.
Troquei alguns móveis, re-equipei a cozinha, redecorei alguns cômodos e refiz as fotos para o anúncio do AirBnb que eu cuido para os meus pais.
Em paralelo ao meu curso EaD, bati muita perna, fui a muitas lojas, carreguei muitas sacolas, limpei e arrumei muitas coisas. Consegui terminar meus estudos e a “missão decoradora” exatamente em tempo de voltar para casa e retomar minha rotina.
Foi cansativo, mental e fisicamente, mas vim com aquela sensação legal de dever cumprido e de ter sido produtiva.
Na volta para casa, meu pai foi me buscar no aeroporto e me deixar em casa. Ao parar em frente ao meu prédio, ele, solícito como sempre, perguntou: “Você consegue carregar essas malas sozinha lá para cima?”
Eu respondi: “Claro, pai. Obrigada, boa noite”. E subi.
Depois, me peguei pensando nisso. Eu realmente me viro em três ou quatro para fazer várias coisas, e já tenho habilidade em carregar múltiplas sacolas, empurrar a porta com a bunda e chamar o elevador com o cotovelo.
Mas isso, na verdade, não é nada. Se eu fosse bem sincera com as pessoas quando elas me fazem essa pergunta, a minha reposta verdadeira seria: “Você não imagina quantas coisas eu estou acostumada a carregar sozinha”.
E não me refiro a sacolas de compras ou malas pesadas.