Texto enviado pelo leitor Vinícius Cabrera.
Nos tempos do Corona, eu quero falar do amor.
Não aquele amor de filme, que acontece à primeira vista, é lindo até o final do segundo ato e por aí vai. Hoje eu quero falar do amor real, todo lascado dos erros da vida e remendado com histórias e pedaços alheios.
Esse sentimento doido, doído e necessário que surge sabe-se lá como por aquela pessoa estranha e, quando a gente vê, já foi. É caixa e coração com coisa dentro pra um endereço novo.
Quantas vezes a gente se deixa perder pra encontrar o amor? Quantas vezes a gente olha pro lado e sorri por sorrir, só por ter aquela companhia?
Hoje eu fiz isso, eu olhei pra ela e sorri, e me dei conta que não dava pra parar de sorrir. Percebi de novo que, ao longo desses anos todos, o mundo não teria a beleza sem essa peça principal de seu quebra-cabeça, o amor.
Nem tudo são rosas, mas hoje eu não vim aqui pra falar das flores.
Eu vim aqui encorajar a todos, nesses tempos malucos de amores líquidos, a experimentar a verdadeira liberdade de escolher todo dia a mesma pessoa.
Amem, se amem e se deixem amar. Tem que ter coragem pra desnudar nosso lado feio e escondido. Não amem por causa de alguma coisa. Amem apesar de qualquer coisa.
Contém essa história sem mesmo saber o final dela. Amem hoje, porque o amanhã não se sabe.