Recentemente, minha mãe tomou a segunda dose da vacina contra a Covid-19 e aquilo foi uma mistura de alívio e esperança, e me fez pensar no seguinte ponto: o que teria sido de nossas vidas, sem nossas mães? Aquelas que foram nosso primeiro ponto de conforto e proteção, aquelas que nos ensinaram sobre o primeiro gesto de amor… Haveria tanto para falar!
Sobre quais mães estamos falando, afinal? Cada uma é especial e tem o seu valor. Sempre somos suspeitos de falar das nossas, vamos sempre tratá-las como as melhores do mundo. É porque, para nós, elas parecem tão perfeitas, que seus raros defeitos se tornam efêmeros, insignificantes diante de tantas qualidades.
Temos a certeza de que fariam qualquer coisa por seus filhos, dariam a vida se fosse necessário. Este texto, confesso escrever com certa dificuldade de encontrar as palavras certas, é quase um bloqueio criativo para falar de alguém que tanto me inspira.
Inspiração por ensinar aquilo que é certo, a viver em sociedade, a superar as dificuldades. Vale para as mães casadas, solteiras, divorciadas, viúvas, que trabalham fora ou não, de todas as idades, das de primeira viagem às mais experientes, que já são avós – e aí no caso, mães duas vezes.
Pode ser para a mãe professora, médica, advogada, jornalista, cantora, garçonete, empresária, vendedora, cabeleireira, diarista ou, apenas, mãe. As que ainda estão presentes, as que não estão tão presentes assim ou as que já viraram estrelas no céu, deixando apenas saudades.
A palavra “Mãe” pode ser curta, mas tem muito significado e muita força. E, como diz o ditado, “mãe é mãe”, insubstituível. Por mais que haja pais que exerçam a função de mães por alguma outra razão, nunca será a mesma coisa. E, na situação deles, há muito mais mães passando por isso, tendo de criar seus filhos sozinhas, sem ajuda alguma, e ainda assim, sendo julgadas de alguma maneira pela sociedade.
As mães merecem parabéns não apenas pelo dia delas, mas também pela coragem. Nos tempos atuais, ter filhos deve ser uma tarefa das mais complicadas.