O revisor de texto, muitas vezes, é um dançarino no fio da navalha: considerar a normativa pura e simples ou ter uma visão mais flexível, até mesmo “descolada”?
Não é uma dicotomia (precisa essa palavra difícil, revisor?) de análise tão fácil como parece. Imediatamente, podemos concluir que se se contratou um revisor, é porque queremos o texto impecável, quase vestido de smoking (não precisa colocar itálico, revisor, todo mundo sabe que é um terno), ninguém quer cometer um erro na festa do seu casamento com as palavras, mesmo sabendo que se casaria tão bem quanto se fosse descalço, na praia, só comunicando.
Mas essa é a essência da profissão, entendemos.As vezes até acho que a balança da justiça serviria com símbolo dos revisores de texto, de tanto que medem a quantidade de Gramática que se deve recomendar em um texto, quase como uma recem-casada a cozinhar seu primeiro feijão – no fundo, ela sabe que se errar, para mais ou para menos, o feijão não será mais feijão. E o texto não será mais texto, com gosto de caldinho de sintaxe e coesão.
A norma padrão da língua é tão importante quanto o contexto, é possível utilizar suas ” artimanhas” (ficou bom, revisor?) para envolver o leitor ainda mais. Não é preciso dicotomia (deixa essa, revisor), ame ou deixe. Faça sexo com a Gramática, um bom trato e todos ficam satisfeitos . Juntos, Gramática e comunicação dão é um orgasmo textual.