Existe um mundo, secreto e virtual, por trás de cada linha que vocês acompanham quando aportam por aqui. Posso dizer que, deste sítio cibernético, vocês consomem o produto final, mas hoje estou para inconfidências de nossos bastidores.
Na semana passada, proseávamos num de nossos grupos no – como diria a imprensa – aplicativo de troca de mensagens instantâneas. Não, não era aquele App que ficou famoso ultimamente, era seu concorrente mais pop mesmo.
Digo um dos grupos pois isso aqui é muito organizado. Nossa diretoria faz a curadoria de dois grupos, um deles apenas com finalidades literárias. O outro, como podem imaginar, é voltado para a lascívia e a balbúrdia típicas das pessoas de humanas.
Falávamos sobre a estética de nossos escritos, nossas preferências e desafios. Eu poderia citar qualidades ímpares de cada um desses talentos que por aqui residem, mas me peguei com inveja de um exemplo dado pelo nosso Murilo. Ele falava sobre a crônica curta, sobre o modo simples de se falar sobre o cotidiano, e veio trazendo algo simples, derramando aquilo sobre nós como se fosse simples. Tomava Luis Fernando Verissimo como referência fácil – e o pior! – com propriedade.
Escorrendo inveja gospel pelos poros, em minha indecisão semanal sobre o tema, resolvi escrever sobre as qualidades de quem escreve a vida como se a vivesse em terceira pessoa, mas falhei.
Eu não sou o Murilo. Nem o Verissimo.
Falhou nada. Mandou benzaço. Isso é uma autêntica crônica!