Relatório de Evidências

Bastidores

Escrito por Thigu Soares

A inveja branca (ou gospel) também rola nos bastidores do Crônicas de Categoria. Mas é tudo uma questão literária.

Existe um mundo, secreto e virtual, por trás de cada linha que vocês acompanham quando aportam por aqui. Posso dizer que, deste sítio cibernético, vocês consomem o produto final, mas hoje estou para inconfidências de nossos bastidores. 

Na semana passada, proseávamos num de nossos grupos no – como diria a imprensa – aplicativo de troca de mensagens instantâneas. Não, não era aquele App que ficou famoso ultimamente, era seu concorrente mais pop mesmo. 

Digo um dos grupos pois isso aqui é muito organizado. Nossa diretoria faz a curadoria de dois grupos, um deles apenas com finalidades literárias. O outro, como podem imaginar, é voltado para a lascívia e a balbúrdia típicas das pessoas de humanas.

Falávamos sobre a estética de nossos escritos, nossas preferências e desafios. Eu poderia citar qualidades ímpares de cada um desses talentos que por aqui residem, mas me peguei com inveja de um exemplo dado pelo nosso Murilo. Ele falava sobre a crônica curta, sobre o modo simples de se falar sobre o cotidiano, e veio trazendo algo simples, derramando aquilo sobre nós como se fosse simples. Tomava Luis Fernando Verissimo como referência fácil – e o pior! – com propriedade.

Escorrendo inveja gospel pelos poros, em minha indecisão semanal sobre o tema, resolvi escrever sobre as qualidades de quem escreve a vida como se a vivesse em terceira pessoa, mas falhei. 

Eu não sou o Murilo. Nem o Verissimo.

Sobre o autor

Thigu Soares

Um ex-jovem sempre velho que sonhou ser escritor. Blogueiro bissexto, cronista por vocação, "publicizeiro" totalmente por acaso. Intenso, exagerado, mal humorado, ácido e corrosivo. Leal, amigo e um pouco mentiroso. Flamenguista, carioca e pai de dois Pugs lindos. Luto contra a balança e brigo com a tarja preta. Já quis salvar ou o mundo, mas dá muito trabalho, mas dá preguiça… Mesmo sem fazer isso direito, tento seguir rabiscando como dá. É bom pra combater ou manter a loucura.

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