Palavras estressadas pelo hype nosso de cada dia, detox e digital andaram muito tempo em voga, mas em caminhos distintos. Hoje, são um só com frequência. Em outros tempos, o detox traria consigo todo um arquétipo bicho-grilo, quase uma conexão discada.
Com o fim da necessidade da conexão madrigueira, a internet a cabo nos livrou da necessidade de mendigar o pulso telefônico e evoluiu, se tornando um colosso – tal qual a própria web. Conexões móveis e velozes (sic) vieram junto com celulares de configurações muito superiores aos desktops que chiavam antes de ICQ ou do Bate-papo UOL. O trabalho passa diretamente pela administração de um volume brutal de e-mails e mensagens.
Devo lhes dizer honestamente que não sei como as pessoas trabalhavam antes. Eu juro! O fato é que toda essa oferta gera um vínculo meio maluco. Sou um adicto, preciso admitir. Cursos, spas e retiros vendem hoje a solução para que pessoas como eu consigam deixar o celular de lado sem que o smartwatch seja consultado. Meu mais novo quase-ex-vício tem representado um processo novo e doloroso pra mim.
O detox digital é a moda e uma necessidade pra gente tecnológica e extrema como eu. Experimente sair pra jantar e deixar seu celular em casa. Sim, o insta pode ficar sem a foto do seu prato, ele supera isso. E você?
Hoje em dia, acho que largar o cigarro foi mais fácil do que seria me desconectar. Me apego ao meio termo. Afinal, sem a internet, isso aqui seria lido aonde?
Grande Thigu.
O problema é o excesso. Só que o povão (a nível mundial, tá, isso não é só aqui no Brasil) se ligou à internet de uma maneira exagerada, e os hábitos que criaram nos levam aos tais excessos.
Um exemplo claro é o Whats app. Hoje em dia, ninguém faz mais ligações telefônicas;manda zap. Não troca mais e-mails; manda zap. Não debate mais em fóruns parrudos de internet; manda zap.
Hoje em dia os debates saudáveis não dão ibope; só as porradarias.
De vez em quando a gente tem que descansar disso. Cada um do seu jeito. Eu faço ligando a vitrola (como amante inveterado de vinil), andando de bicicleta (uma das coisas que mais amo na vida), ou indo à praia (outra). Tem gente que vai prá academia. Tem gente que vai ao Shopping. E por aí vai. O lance, acredito, é fazer algo que te deixe feliz e relaxado.
Uma vez viajei para Sana. Lá não pega internet. Paraíso! Pretendo voltar um dia.
Outro dia eu saí para jantar com meu marido e esqueci o celular em casa. Poderia ter voltado, pois percebi assim que entrei no carro. Mas falei pra ele: “Não vou voltar, não… Hoje a gente vai conversar pessoalmente!”, huahuhuahua!
Sábia decisão!! 🙂