Amor é prosa Divã-neando

Ressignificando 12 de junho

Escrito por Nathalia Karl

Neste 12 de junho tão atípico, vamos falar de amor, mas de um jeito nada romântico.

Neste dia dos namorados eu resolvi fazer algo de diferente… decidi repensar sobre o amor, posto que sempre falei do tema sempre do mais alto degrau da paixão ou da cegueira, como preferirem.

Hoje, o tempo, a temperatura e a pressão me cobram uma manifestação menos parecida com a de um poeta apaixonado e tuberculoso. É preciso um posicionamento mais, muito mais realista, expressivo e acima de tudo humanamente alcançável. Por isso, pensei em pilares, em algo que, independente da idade, maturidade ou condição emocional, deve permear nossa existência, pois já aprendi que nada se constrói sem uma base sólida.

Considerando o amor com todas as suas nuances, eloquências e fragilidades, é preciso significá-lo através de outros conceitos que inicialmente são meramente abstratos, mas de uma grande importância para se tornar solo forte e fértil frente as adversidades dessa nossa nada mole vida.

Pois bem, já não consigo mais falar de amor se ele não for um “blend” de admiração, cumplicidade e lealdade entre as partes envolvidas. Veja, não estou afirmando uma fórmula do sucesso a dois, mas é que sem esses três conceitos bem definidos dentro de um relacionamento, estamos diante apenas de uma máxima do nosso querido poetinha contemporâneo Anderson Leonardo: “Não era amor, era cilada”.

Então, meus queridos, para este dia dos namorados, momento em que até o planeta em que vivemos está se reformulando, não venho aqui com habitual humor e ironia dar o meu recado sobre esse festejo, mas sim, proponho mais uma reflexão (sim, pois tudo que mais temos feito é pensar). Pode até parecer que eu esteja jogando água na cervejota de vocês, e seria mais fácil aproveitar o contexto histórico para falar mais do mesmo. Mas vejam, até eu, a mais infame das criaturas, resolvi ponderar e me questionar sobre os assuntos do coração com a seriedade que a ocasião exige.

E diretamente da crista dessa onda gigante, com todo o equipamento de segurança possível, além do talento nato para falhar miseravelmente nos aconselhamentos, eu vos digo em verdade e fé, para que seja mesmo amor é preciso que tenha admiração, cumplicidade e lealdade, qualquer coisa diferente disso é só um grande sucesso dos anos 90. Cilada.

Feliz dia dos namorados!

Sobre o autor

Nathalia Karl

Nathália é uma vítima de suas próprias frases mal alinhavadas que lhe rendem um retrato falado que não corresponde a realidade.
Está lançado o desafio: Se não gostarem, processem-me.

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