Divã-neando

Inspiração na clausura.

photo of assorted letter board quote hanged on wall
Escrito por Breno Amaro

Onde encontrar inspiração, sem os elementos do dia a dia que nos refrescam as ideias e nos permitem viajar na criatividade?

Eu sempre gostei de escrever sobre coisas reais, sobre o que acontecia comigo, sobre as pessoas que cruzavam minha vida, sobre romances reais ou pseudoimaginados, sobre histórias que eu criava no ônibus, com personagens que eu nunca mais ia ver novamente. 

Mas veio a pandemia, a quarentena e o isolamento e meu mundo pausou. Ainda trabalho, ainda pago boletos, ainda falo virtualmente com amigos, mas parou por aí. E a vida entrou num ciclo em looping rotativo que se repete de novo e novamente e mais uma vez, com o perdão da redundância proposital.

De onde eu vou tirar histórias reais para fantasiar, aumentar e criar em cima? De que esbarrões inocentes no corredor de um mercado, eu vou montar diálogos que nunca existiram mas poderiam existir? De que troca de olhares no metrô, eu vou juntar duas pessoas que nunca ficariam juntas?

Falar sobre a vida, quando a minha própria vida se resume a quatro paredes e algumas janelas virtuais para o mundo não é algo fácil.

Sim, eu sei que essa é a função de um escritor criativo. Mas, por enquanto, o máximo que eu consigo escrever é sobre o quanto eu estou com dificuldade de escrever

Sobre o autor

Breno Amaro

Oi, eu sou o Breno. Carioca, redator, flamenguista, fã de surf, do Philadelphia Eagles e de Cavaleiros do Zodíaco. Faixa preta em Mortal Kombat e bi-campeão do World Series of Pavê 2015-16, comecei a escrever porque nunca aprendi a desenhar. Eu me fantasio de Ryu, de Ivan Drago e de Tigre no carnaval. Uma frase? “Trabalhe com o que ama e você nunca vai precisar trabalhar na vida, porque vai morrer de fome”. Escrevo sobre tudo o que passa na minha cabeça, sobre tudo que acontece na minha vida e, sobretudo, sobre nada. Meu cachorro se chama Bolinho.

2 comentários

  • Sempre quis ter tempo de sobra para me dedicar à escrita, mas fiquei tão irritado com essa situação pandemica que me faltou concentração. Foram três meses de desperdício e somente agora estou, finalmente, sendo produtivo novamente.

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