Este é um manifesto de um passado recente que aconteceu com uma amiga. Ressalto que esse não é o K.Ô do “aconteceu com minha amiga, mas na verdade foi comigo”. Foi mesmo com ela, mas que me deixou indignada por uma série de motivos, todos eles pessoais, pois eu sou uma pessoa deveras temperamental,todo mundo que me conhece sabe disso. Nathália não bagunça, a regra comigo é como no futebol: clara. Quando eu gosto de alguém, eu sou um amor de pessoa, quando eu não gosto ou pego raiva, a faixa de segurança mínima são umas 500 mil léguas submarinas.
Pela mantença do sigilo da identidade dos participantes dessa aventura, marotamente, apelidarei a minha amiga de Mauna Loa, em referência ao maior vulcão do mundo, que está localizado no Havaí; o gente boa que teve desenrolo com ela será o Dom Pedro II, em homenagem ao príncipe regente do Brasil, e o terceiro elemento é a palhaçona sem graça que simplesmente sechamará bozo – com “b” minúsculo, equivalente ao tamanho da dignidade dessa criatura.
A palhaçada: Mauna Loa, um dia, resolveu mostrar um site para Dom Pedro II, com conteúdo inteligente e engraçado – agora há controvérsia -, site relativamente feminista, que fala de algumas peripécias masculinas e afins. Como costumeiro entre blogueiros em geral, essas pessoas socializam pelos bares do circuito Rio/São Paulo e os eventos geralmente são muito divertidos. Eis que Dom Pedro II, que na cidade maravilhosa passava veraneio e nada fazia naquele dia, resolveu chegar até lá e conferir o que se passava.
A inocente Mauna Loa, dias depois, regressa ao site para ver as fotos do evento e oportunamente postar um conteúdo para bozo, que no melhor estilo Nazaré – famigerada vilã de reprise da novela da tarde —, dá uma de Ministra, com uma resposta cretina e deixa evidente que ela não passa de uma mistura requenguela de Décio Pitinini com Nelson Rubens com aquele famoso jargão: “vou destilar o meu veneno”.
Pois bem, a bozo conseguiu plantar a semente da discórdia no coração de Mauna Loa, que, a priori, ficou cheia de neuras, estava mais chata que anúncio da iogurteira e da nova câmera fotográfica. Quando fiquei sabendo do assunto, de cara falei com toda aquela delicadeza peculiar: “isso vai dar merda”. Na verdade, eu falei algo com censura para maiores de 18 anos, cenas de violência e nudez.
Caro leitor, vai se questionar o motivo de tanta violência. Eu explico! Uma coisa é você chegar para a pessoa que você conhece, numa relação que se tem liberdade e fidelidade partidária e dizer “Querida, sai fora que o fulano é o maior safado, eu o vi com outra pessoa”, aí sim, tem como “justificar” o pitaco. Agora, você chegar para uma pessoa semi-apaixonada, que está tentando se livrar das garras desse amor gostoso, e que você nem conhece, mas te confidenciou um desenrolo maroto, e você usar de informações privilegiadas e plantar aquela semente de “ihhhhh, acho que o cara pegou a minha amiga, vou verificar e te retorno”, você não merece nosso respeito tecnológico e merece um palavrão em letras garrafais e piscando em neon rosa.
Minha indignação pararia por aqui se fatos posteriores não tivessem ocorrido. Tomei ciência de que a bozo não se conteve em fazer suas palhaçadas apenas no picadeiro de origem, mas arriscou uma palhaçadinha um pouco mais sem graça na outra freguesia, sim, na do Dom Pedro II, que no começo da história, injustamente já estava pagando o pato sem ter nada provado contra ele – que fique claro que não estou defendendo o príncipe regente, mas se não tinha prova contra o cara, porque a palhaça abriu a boca?
Sorrateiramente, a bozo mandou um e-mail para Dom Pedro II convidando-o para os próximos eventos e, dentre as palavras soltas que lá continham, a infeliz representante mantenedora do sindicato dos palhaços ambulantes afirmou que o mesmo havia sido reconhecido por uma leitora que, nas expressões vulgares da interlocutora circense, ele “biscateava” via e-mail. Eu poderia fazer uma sugestão, não sei se apropriada para expressão “biscateava“, porém, por respeito à flora, à fauna e à botânica e outros elementos naturais, me calarei em profundo luto, porque como eu já tinha dito, eu já sabia que isso não ia prestar.
Importante salientar, que apesar das investidas da bozo em ver o circo pegar fogo, sem pensar que ela poderia estar se cremando, o assunto, não sei como, caiu na pauta de Mauna Loa e Dom Pedro II, e o mal entendido fora a tempo desfeito e quem ficou com uma péssima imagem foi a palhaça meia idade que não deveria ter nada melhor para fazer quando tentou aquele velho número de circo achando que tinha a categoria de um Cirque du Soleil.
Diante disso, me autoconcedo a criação de outra verdade universal: “Além de homem ser tudo palhaço, tem mulher que é FILHA DA PUTA! Taí o exemplo.