Divã-neando

Pequenos prazeres cotidianos

Escrito por Rose Carreiro

Nossa rotina é majoritariamente dura, e nem todos os dias são de céu azul, cabelos ao vento, dinheiro na conta e free hugs. Mas, há aqueles momentos simples do dia a dia, porém, cheios de significado, que eu gosto de chamar de “pequenos prazeres cotidianos”. Coisas e ações que me trazem alegria, moleza nas pernas, e num dia de muita sensibilidade, até lágrimas aos olhos.

Nossa rotina é majoritariamente dura, e nem todos os dias são de céu azul, cabelos ao vento, dinheiro na conta e free hugs. Mas, há aqueles momentos simples do dia a dia, porém, cheios de significado, que eu gosto de chamar de “pequenos prazeres cotidianos”. Coisas e ações que me trazem alegria, moleza nas pernas, e num dia de muita sensibilidade, até lágrimas aos olhos.

Se tem um prazer cotidiano que eu aproveito diariamente, é o de tirar os sapatos quando chego em casa. E o sutiã. Liberdade física e social. Esse é um prazer que compete diretamente com o próximo, que é o de provar algum prato, e o sabor ser melhor do que eu imaginava. Ou qualquer prato preparado pela minha mãe.

Um bife à milanesa com o empanado perfeito.

O primeiro gole de um bom vinho. Acompanhado de um pedaço de chocolate meio amargo. Ou aquela primeira provada na cerveja, que deve obrigatoriamente ser seguida de um “ah!”. Café.

Sentir o cheiro de amaciante de roupas assim que eu entro em casa, depois que a fada da limpeza, a.k.a. Mara, passa por lá.

Aprender um passo novo no pole.

O prazer de descobrir que a aula de Espanhol será convertida em degustação de vinhos e conversa fiada (em Espanhol, é claro, profs).

Pequenos prazeres pet: clientes que levam seus cachorros à agência. Cachorros que me reconhecem como uma pessoa que gosta deles. E gatos também.

Prazeres pouco ortodoxos, como o de espremer cravos e espinhas das costas alheias (Ariane, te dedico). Observar descaradamente panturrilhas bem desenhadas. Ou admirar uma barba bem cuidada.

E há também os pequenos prazeres consumistas: comprar sapatos; achar um anel de adulto que caiba nos meus dedos; abrir um pacote da Amazon. O pequeno prazer dos momentos de autocuidado no salão de beleza, com direito a escova e cachos.

O prazer de antecipar o que vai acontecer num filme ou livro.

O prazer de ouvir de alguém me que se identifica com um texto meu, ou pelo menos ri com ele. Entrar num Uber e me deparar com boa música. Maratonar séries sem medo de estar arrasada – física e mentalmente – na manhã seguinte. Deitar sobre lençóis recém trocados. Acordar e ver que ainda posso dormir mais um pouco. Poder escrever.

Essa é a minha grande lista de pequenos prazeres cotidianos. Me dê o prazer de saber qual é a sua.

Créditos da imagem: freepik

Sobre o autor

Rose Carreiro

Nascida num 20 de Outubro dos anos 80. Naturalmente petropolitana, com passaporte carioca. Flamenguista pé frio e expert em não se aprofundar em regras esportivas. Fã de Verissimo – o Luis Fernando – e Nelson, o Rodrigues (apesar de tudo). Poser. Pole dancer com as melhores técnicas para ganhar hematomas. Amadora no ofício de cozinhar e fazer encenações cômicas baratas. Profissional na arte de cair nos bueiros da Lei de Murphy.