Fetiche. Substantivo masculino. Objeto a que se atribui poder sobrenatural ou mágico e se presta culto. Na psicopatologia, objeto inanimado ou parte do corpo considerada como possuidora de qualidades mágicas ou eróticas.
Psicopatologia, cultura, comportamento e sociedade se confundem. Se fundem ou se fodem nesse assunto que sempre deixa tanta gente com “hummm”, “ui” ou “eita” na cabeça. O ano é 2019, e entre relações sociais e sexuais de uma sociedade ocidental, o tema ainda é tabu para alguns.
O senso comum mais barato diz que o sexo pode salvar uma relação. Não sou capaz de discordar. É a mais pura meia verdade, cabendo correção. O sexo, um bom sexo, é capaz de postergar relações ou encurtá-las. Apesar de tanta evolução, ainda vemos pessoas que imaginam que o sacrifício sexual é o melhor para a manutenção de um relacionamento.
Quem cai de cabeça no sexo, com o perdão do trocadilho quase involuntário, não tem que temer recriminação. Dialogar, assim como gozar, nunca é demais. O tão pregado companheirismo começa – ou termina, não sei – na cama. Se a vida a dois precisa ser vivida com confiança e respeito, o trecho entre quatro paredes precisa disso e de, se possível, um pouco de loucura. Fazer a vontade do outro quando se tem satisfação com o que é praticado é um pedaço do céu.
Namorem com gosto, exercitem as loucuras que vierem à cabeça, desde que em comum acordo, tudo é válido. Se der vontade, vai! Mas vá com o outro sabendo e querendo também! Lembrem-se do exercício coletivo de gozar, sem egoísmo. O fetiche de cada casal esbarra apenas nos limites não negociáveis de cada parte.
Gozem à vontade! Se com creminho, consolo ou ménage, tanto faz, desde que o prazer seja dos dois e multiplicado. Vivam suas fantasias! Se os sonhos nos mantém vivos, os fetiches ajudam na respiração da relação e transpiração dos movimentos reboláticos. Já passamos da fase em que isso é coisa de maluco.