Acordei um dia, peguei meu livro de cabeceira e fui ao banheiro resolver meu ciclo digestivo diário.
Terminei meu serviço, tomei café, lendo um jornal de verdade e logo em seguida fui trabalhar.
Já no ponto de ônibus, comecei a perceber que tinha algo errado.
As pessoas começaram a falar bom dia pra mim.
Na Finlândia? Como isso é possível? O verão já terminou!
Aproveitei o momento e matei um pouco da saudade daquelas amizades que se faz em filas de supermercado no Rio de Janeiro.
Entrei no ônibus e todo mundo conversava.
Estranho mesmo.
Parei para observar o caminho.
Vi uma loja de quadrinhos que nem sabia que existia.
Um café que parecia ser bacana pra voltar mais tarde.
Percebi coisas que nunca havia prestado atenção.
Cheguei no trabalho e fui para uma reunião.
Pela primeira vez, uma reunião que tinha propósito.
Conseguimos decidir o que seria feito.
Sentei à mesa e comecei a planejar o que seria feito.
Lápis, caneta, papel e borracha.
Com a régua, desenhei com precisão os anúncios que seriam feitos.
Usei minha imaginação.
A folha em branco era o convite perfeito para eu criar o que quisesse.
No fim do dia, fui pra casa.
Cheguei em casa e foi um corre-corre só.
Meus filhos vieram correndo me receber na porta.
Deixei minha pasta de trabalho com meus papéis no chão.
Eles abriram a pasta e começaram a brincar com os papéis.
Desenhamos.
Ficamos juntos até a hora de dormir.
Eu estava leve e feliz.
De repende, acordei no susto!
Olhei pro lado e vi ali do meu lado, bonitinho e comportado.
“Ufa! O meu iPhone tá carregando.”