Crônico Repórter Pensamentos crônicos

Dirigir é bom, o que estraga é o trânsito

Escrito por Bruno Zanette

Quem não gosta de pegar um carro e sair por aí, sem rumo ou hora para voltar? Seria bom demais, se não tivesse que encontrar pelo caminho outros motoristas.

Todos que lerem esse texto devem concordar que carro só gera gastos e desvaloriza com o passar dos anos. No simples fato de tirá-lo da garagem, nós já estamos gastando combustível, que não está barato. Se for um carro elétrico, gasta-se a energia, que também costuma estar o “olho da cara”. Sem falar em impostos como IPVA, Seguro Obrigatório, Licenciamento, entre outros.

Mas em cidades de médio e grande porte, onde o transporte coletivo não funciona como deveria, o automóvel é um mal necessário, além do conforto de poder se deslocar por aí, sem depender de ninguém. Apesar de que agora, em época de pandemia e isolamento social, os deslocamentos têm sido cada vez mais escassos.

E se tem algo que gosto de fazer é dirigir. Ajuda a me aliviar do stress, a relaxar, refletir sobre a vida, seja no silêncio ou ouvindo alguma música no rádio. Tudo isso, sem deixar de prestar a atenção no trânsito. Aliás, é isso que desgraça a cabeça de muita gente que dirige. O fato em si não é ruim, o que estraga o trânsito são as pessoas. Porque, minha nossa, como tem gente mesquinha e sem noção diante de um volante por aí!

Para evitarmos acidentes, temos que ter atenção não só com a gente, mas com os outros. Às vezes, muito mais com os outros. E alguns erros e atitudes de motoristas estão no meu top-5 de ranços do trânsito.

A primeira que destaco: motorista que não sinaliza quando vai virar ou mudar de faixa. Nós não temos bola de cristal para saber aonde o ser pretende ir, e se os carros vêm com aquela alavanca ao lado do volante, é para ser usada quando necessário.

Eu particularmente prefiro dirigir em rodovias muito mais que em cidades. Nas rodovias eu posso, em alguns momentos, apreciar as paisagens, enquanto que nos centros urbanos há muitas esquinas e semáforos. Melhor quando a rodovia é dupla. Só que aí surgem aqueles que pensam ser correto andar SEMPRE no lado esquerdo. Não, imbecil. O lado esquerdo é apenas para você ultrapassar outro veículo. O fato de você não respeitar o limite de velocidade não lhe dá o direito de andar a todo o momento daquele lado. Ultrapassou? Volte para a faixa da direita, onde é o seu lugar.

Outra situação que me tira do sério é motorista que pensa estar num autódromo de corrida, numa competição paralela da bolha dele. O sujeito está lá, andando bem abaixo do limite de velocidade e você coloca para ultrapassá-lo. Afinal de contas, paciência tem limite e a velocidade também. Aí, quando você está passando por ele, o infeliz resolve acelerar, só para não dar o gosto de ser ultrapassado, especialmente se for por um carro inferior ou de menor valor. Costuma acontecer muito também quando quem está ultrapassando é uma mulher. Aí é por puro machismo e do ego ferido do motorista homem hétero. A cabeça chega a ferver de raiva com essa atitude.

Outro dia, dirigindo pela cidade, um cidadão achou uma boa ideia parar o carro no meio da rua, para conversar com alguém na calçada. Como se fosse o dono da via, atrapalhando quem passava por ali. Saiu de casa e esqueceu a noção.

Apesar dessas atitudes, sigo dirigindo tranquilamente, evitando me envolver em acidentes e, quando por ventura eles acontecem, normalmente foi causado por outros. Isso não me faz pensar que eu seja um ótimo motorista, mas tento ser o mais consciente possível. Sabendo que a presença no trânsito é uma ação coletiva e precisamos respeitar suas leis, que não foram criadas à toa.

E você também gosta de dirigir? O que lhe tira do sério no trânsito? Não se intimide e coloque nos comentários.

Sobre o autor

Bruno Zanette

Jornalista nascido e formado em Foz do Iguaçu-PR. Adora falar e contar histórias, por isso o rádio foi veículo onde mais trabalhou. Mas é na escrita onde costuma se expressar melhor. Gosta de um bom rock, livros, filmes e esportes (assiste bem mais do que pratica). Torce e sofre pelo Grêmio, não exatamente nessa ordem. Apesar de bem-humorado, gosta de piadas de humor bem duvidoso, e acha que a melhor maneira de rir é de si mesmo. Por isso, acredita que a própria vida poderá servir de inspiração para boas crônicas e contos. E tudo o mais que vier na telha para escrever.

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