Cerveja, Mulher e Futebol Geral

Mais rápido do que um miojo

Escrito por Bruno Zanette

Desafios entre influenciadores e lutadores profissionais estão virando um lucrativo negócio.

O título do texto de hoje diz respeito ao tempo de duração da luta entre Kléber Bambam, influenciador digital e primeiro vencedor do reality show Big Brother Brasil (BBB), e Acelino Freitas “Popó”, tetracampeão mundial de boxe.

O embate durou 36 segundos, o suficiente para Popó nocautear Bambam. A luta, se assim podemos dizer, visava apenas ao entretenimento. Faz parte do Fight Music Show (FMS), um novo tipo de atração que envolve celebridades desafiando lutadores praticamente profissionais. Ou que um dia foram.

A primeira edição, em janeiro de 2022, teve Whindersson Nunes contra o mesmo Popó. Outro derrotado com facilidade. Imaginar que apenas algumas semanas ou alguns meses de treinamento serão suficientes para ter o mínimo de equilíbrio e competitividade contra quem fez do ringue a sua vida por anos é ser esperançoso demais.

No fundo, esses influenciadores sabem que não têm a menor chance. Provocar nos dias que antecedem o combate, irritar o adversário, tudo isso faz parte do jogo e da diversão. Estão lá pela galhofa e pelo dinheiro, que não é pouco.

Mesmo sendo surrado, Bambam teria faturado cerca de R$ 6 milhões. Mais do que o próprio Popó, vencedor da luta. Caso queiram assistir a lutas de verdade, é preciso procurar os circuitos profissionais de boxe, as lutas do UFC no MMA, entre outras.

Eu, particularmente, gostava de assistir às lutas livres do WWE. Essas também eram entretenimento puro, muitas vezes, cômico. Gostava dos diferentes personagens existentes. E o que dizer do Telecatch, a luta livre brasileira? Uma atração que está voltando para a TV aberta após mais de 30 anos, através da Bandeirantes. Assistimos conscientes da armação.

Seja com famosos ou não, a procura e audiência por esses eventos costuma ser grande e isso atrai patrocinadores e investidores. Mas, esportivamente, não tem a menor graça. No entanto, tais eventos estão se mostrando lucrativos. O recorde de arrecadação com patrocínios foi a primeira edição do FMS, um faturamento de aproximadamente R$ 25 milhões.

E você, é adepto(a) dessas modalidades cômico-esportivas? Conte pra gente nos comentários!

Sobre o autor

Bruno Zanette

Jornalista nascido e formado em Foz do Iguaçu-PR. Adora falar e contar histórias, por isso o rádio foi veículo onde mais trabalhou. Mas é na escrita onde costuma se expressar melhor. Gosta de um bom rock, livros, filmes e esportes (assiste bem mais do que pratica). Torce e sofre pelo Grêmio, não exatamente nessa ordem. Apesar de bem-humorado, gosta de piadas de humor bem duvidoso, e acha que a melhor maneira de rir é de si mesmo. Por isso, acredita que a própria vida poderá servir de inspiração para boas crônicas e contos. E tudo o mais que vier na telha para escrever.

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