Graças ao advento da Internet, hoje posso espalhar minha palavra pelo mundo. E você pode ler as minhas crônicas meio sem sentido de vez em quando por aqui. E louvada seja também essa tecnologia por ter me permitido conhecer algumas das melhores pessoas com quem tenho o prazer de conviver — ainda que, na maior parte do tempo, virtualmente — e compartilhar meus dilemas, dissabores e também, por que não?, meus momentos de alegria e sucesso.
Foi através de blogs que fiz as maiores amizades com as quais posso contar até hoje. E, naquelas de seguir de volta no Twitter, eu até arrumei um marido (pra não dizer que somos eternamente noivos). Enquanto divagava por estas linhas, contava os dias — dois, pra ser mais exata — para receber em terras londrinenses Nathalia Karl, a.k.a. uma das minhas melhores amigas, co-fundadora do Crônicas de Categoria, e com quem já dividi muito nesta vida.
Começamos compartilhando um café, que na verdade foi um chocolate quente suíço num quiosque da famigerada Rua 16 de Março. Dividimos histórias de embustes, duas camas de solteiro juntas, com a Frida (a gata que tinha Nathi como humana de estimação) no meio. E já seguramos muitas barras juntas. Isso pra não dar mais detalhes da vez em que minha comparsa segurou meu cabelo diante do vômito (desculpa, gente) — resultado de uma noite petropolitana muito louca.
Se estive estes últimos dias numa ansiedade que não cabia em mim à espera dessa tão ilustre visita, é porque esses muitos anos de encontros expressos nunca quebraram o vínculo instantâneo que tivemos. E, assim, também fui regalada nos comentários de meu falecido blog com a amizade eterna e sincera de Mayara Godoy, de quem a distância nunca diminuiu a importância em minha vida. E que também me deu a honra de sua presença este ano, fazendo 2019 um pouco menos insuportável.
Ninguém é uma ilha, e conviver com quem nos entende, apoia e divide sonhos conosco é um privilégio que deveríamos valorizar mais. Por isso, fica aqui minha humilde ode à amizade dessas duas belas joias raras que este ano me agraciaram com sua presença física. Porque, mesmo que no resto do ano esse convívio seja reduzido a mensagens de texto e áudio na maior parte do tempo, estar conectada a quem considero verdadeiras e melhores amigas compensa todos os males que as redes sociais e o vício no celular podem causar.
