Correspondência Etiqueta

Saber a hora certa de presentear

Escrito por Bruno Zanette

Não é com agrados e mimos que se conquista alguém. Não se deixe levar pela emoção, antes de saber o que vai acontecer.

Muitas vezes eu me deixo levar pela emoção e acabo esquecendo a razão. Dia desses, um importante e rápido debate no Twitter (como a maioria dos debates por lá) trazia uma valiosa dica: não comprar presentes de forma parcelada para namorada ou namorado.

Mas, e quando ainda nem tem nada com a pessoa, ou nem ao menos a conhece direito? Sim, na busca e tentativa em agradar, já fiz dessas e não recomendo. Não falo do meu mais recente caso, porque esse tem se mostrado diferente e dando a esperança que desta vez vai dar certo. Pelo menos é o que espero, apesar de ter tido momentos em que quase tudo foi colocado a perder. Nada que o diálogo não resolvesse.

Já me aconteceu de dar presente e nem ter acontecido nada, nem um beijo e pouco tempo depois ter sido descartado. É trouxa que fala? Em outra situação, num segundo encontro com outra moça na véspera da Páscoa, quis agradar dando um daqueles ovos de chocolate para comer de colher. Tudo ia bem, até que uma discussão por algum motivo bobo qualquer acabou com a embalagem sendo jogada contra mim. É raro, mas acontece muito.

E ainda teve uma vez em que, quando pensei que a situação iria para frente, lá foi o Bruno inconsequente tentar agradar novamente, comprando mais um presente para, no dia seguinte, a garota pedir para a gente não se ver mais por um tempo. Ao menos esse eu consegui entregar, depois de um longo tempo, quando isso acabou virando apenas amizade.

Vale deixar claro aqui que em nenhum desses casos o presente foi algo pedido por elas. Em todas as situações, a decisão de presentear foi minha. Não é com esses agrados e mimos que se conquista alguém, tenho consciência disso. E o ideal é esperar um tempo, conhecer melhor a pessoa. Se de fato acabar se tornando algo sério e ter a devida importância na sua vida, aí é possível pensar em presentes.

Acontece que meu jeito é assim, muito mais do que ganhar, eu gosto de entregar, principalmente se conheço o gosto da pessoa. E mesmo com todas essas experiências não tão agradáveis assim, provavelmente não irei aprender e seguirei presenteando. Só que, dessa vez, como eu disse no começo do texto, sinto e acredito que será diferente. E espero que a pessoa seja sempre a mesma, e não tenha mais que mudar. A não ser o presente.

Sobre o autor

Bruno Zanette

Jornalista nascido e formado em Foz do Iguaçu-PR. Adora falar e contar histórias, por isso o rádio foi veículo onde mais trabalhou. Mas é na escrita onde costuma se expressar melhor. Gosta de um bom rock, livros, filmes e esportes (assiste bem mais do que pratica). Torce e sofre pelo Grêmio, não exatamente nessa ordem. Apesar de bem-humorado, gosta de piadas de humor bem duvidoso, e acha que a melhor maneira de rir é de si mesmo. Por isso, acredita que a própria vida poderá servir de inspiração para boas crônicas e contos. E tudo o mais que vier na telha para escrever.

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