Seus olhos viraram duas jabuticabas, grandes e brilhantes, quando do papel de presente saiu aquela jaqueta, aquele emblema, aquele São Jorge. Bendito São Jorge! Conferiu o tamanho, quase me matou com as jabuticabas, que agora pareciam esmagadas, vermelhas, e me mostrou um selo que dizia: WOMEN. E isso é tudo que eu tenho a dizer.
Corinthians – um Murphy em minha vida
Como todo bom nascido da classe C no estado do Rio, eu me criei flamenguista. E, como todo bom flamenguista, sou uma apaixonada pelo meu time. Mas, mais do que apaixonada pelo meu time, sou uma apaixonada pelo meu marido – espero, com muita fé em Santo Antônio, que neste caso eu seja a única. E meu marido é um apaixonado pelo Corinthians. Divergências futebolísticas deixadas de lado, eu simpatizo com o timão. Tanto que resolvi presentear meu digníssimo com um artigo bastante procurado por ele: uma jaqueta preta do Corinthians. Porém, ainda falando de paixões, Murphy, como bom apaixonado por mim que sempre costuma se declarar, adentra agora a narrativa sobre a busca do casaco citado:
Depois de procurar – e é claro, não encontrar – a tal jaqueta na loja do Corinthians aqui em Londrina, fui a outra loja de artigos esportivos, despistando meu cabra com uma lorota de que iria ver vitrines. Lá chegando, na seção de roupas masculinas, logo me deparei com algumas jaquetas com o emblema timãnico, e procurei logo o tamanho do meu digno. Encontrei, analisei o preço, pensa, pensa, pensa, achei meio estranho o tamanho, mas quando ia devolver o casaco ao cabide, vi que nas costas um São Jorge guardava as costelas do futuro usuário-fã-torcedor. Aquele São Jorge me fez tomar a decisão: levei. Ainda pensei: é um sinal, o padroeiro do time aparecendo numa hora de dúvidas.
No caixa, a atendente me perguntou se o presenteado estava nervoso por conta do jogo seguinte, Curintia na Libertadores, coisa e tal, paguei, ainda comprei uma chance de concorrer ao prêmio da loja por módicos dezesseis reais, e saí feliz da vida. Encontrei meu bem, dei o presente com toda empolgação, ele se fez de rogado, quis abrir só no estacionamento.
Humpf 🙁
HUhauahuahuahua sinto muito, mas “uma vez Flamengo, sempre Flamengo”.
Tá aí, Rose, essa é a deixa para você virar corintiana de vez!