Quem nasce sob a bênção de São Murphy sabe: você pode ser 99% cuidadosa, mas sempre haverá aquele 1% murphyano para te desgraçar a vida.
Então, sem mais delongas, vamos ao causo de hoje.
Estava eu, um sábado desses, na casa de uma amiga, tranquilamente curtindo a vida adoidado uma agradável noite divagando sobre a vida, o universo e tudo mais, quando, na hora de ir embora, Murphy me mandou aquele “hello, it’s me” (nem de longe elegante e phyno como o da Adele).
Quando fui entrar no carro, veio a primeira surpresa: o carro estava aberto. Achei estranho, porém cogitei que eu poderia ter esquecido mesmo. Mas, em seguida, identifiquei que o vidro da porta traseira havia sido arrombado e meu som tinha sido levado.
Foi tudo muito estranho, pois eu não ouvi barulho algum (e o carro estava exatamente em frente à janela da casa), o alarme não disparou, mas… parece que os assaltantes manjam mesmo dos paranauês criminais.
Fiquei bastante desconcertada no momento, mas resolvi ir para casa o mais rápido possível, afinal, não havia mais nada que eu pudesse fazer.
Porém, Murphy não confeita o bolo sem colocar uma cereja em cima e, para minha surpresa, ao chegar em casa eu constatei que os meliantes haviam furtado, também, o controle do portão da minha garagem.
Aí eu lhes pergunto, caros leitores: por quê? E pra quê?
Bem, certamente porque Murphy, aquele que tudo vê, deve ter se divertido horrores me assistindo desesperada, sozinha, de madrugada, debaixo de chuva, com o carro arrombado, sem conseguir entrar em casa – é sério, nessas horas eu me sinto num Show de Truman de péssimo gosto.
Mas, sagaz que sou, achei uma solução. Porém, o desfecho vai ficar para a Parte II deste post.