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Futebol europeu, temos um vencedor!

Escrito por Rose Carreiro

Amantes, apreciadores e simpatizantes do bom futebol: vim avisar que a final de temporada das ligas europeias está aí. Foram muitos jogos maravilhosos e emocionantes, repletos de jogadores caros talentosos, e muitas cenas polêmicas. Mas, hoje, eu vou falar de um treinador: ninguém – ninguém mesmo! – protagonizou tantos momentos que demonstram o que é ser um apaixonado pelo futebol quanto Jurgen Klopp, o técnico do Liverpool F. C.

Klopp, que já foi jogador da liga alemã, já treinou o Borussia Dortmund, e está no time inglês desde 2015, parece ter vindo a este mundo pra nos ensinar a extravasar as emoções. Em seus 51 anos e 1,93m de agitação na beira do campo, o alemão vibra e comemora os gols como se fosse torcedor, é famoso por abraçar a todos (inclusive, muitas vezes, aos adversários) ao final das partidas, e tem um humor que cativa até a quem não é fã do Liverpool.

Amanhã, o Liverpool enfrenta o Barcelona pelas semifinais da Champions League, e está também diante das rodadas finais do campeonato inglês, com poucas chances de ser campeão sobre o Manchester City  – que neste momento está na frente por um ponto de diferença e infelizmente só vai a campo contra times de menor destaque. Mas, deixo Mauro Cezar Pereira e outros especialistas do futebol avaliarem as condições técnicas de Klopp e sua equipe, pra quem por sinal eu torço e considero maravilhosa. Estou aqui no melhor estilo I love a man para fazer uma humilde homenagem ao que considero melhor manager desta temporada, e merece ser lembrado por suas campanhas, mas também por sua humanidade e pelo seu carisma.

Sem dúvidas, o momento mais torcedor apaixonado de Klopp foi quando o jogador Origi fez um gol inacreditável ao final de uma partida com o Everton. O treinador invade o campo para comemorar de barrigada com o goleiro Alisson:

https://www.youtube.com/watch?v=pw0lPqojvqE

 

O técnico também tem um carinho especial com quem vai ao estádio, vibra, canta e espera até o final para interagir com ele: acaba a partida, todos os jogadores saem de campo, e lá está  o treinador à frente da arquibancada vibrando e chamando a torcida a se manifestar.

 

Suas conferências pre e post match sempre têm algo especial ou engraçado. O prêmio de comentário mais inusitado de Klopp vai para um elogio à voz do tradutor, erótica, como definiu o treinador, numa entrevista da Champions League:

 

Em tempos de Fake News, Jurgen Klopp dá um conselho: não acreditem em 3% do que está nas mídias sociais.

 

Klopp também reconhece a importância dos jogadores de seu time enquanto personalidades, como Mohamed Salah, que entrou para a lista de 2019 das 100 pessoas mais influentes do mundo pela revista Times. Questionado sobre o jogador, o técnico aproveitou para mostrar também seus conhecimentos sobre Game of Thrones:

 

E como o futebol não é APENAS futebol, o treinador do Liverpool mais uma vez abrilhanta suas entrevistas com uma mensagem de humanidade e comunidade. Termino a seleção de aparições do técnico com seu comentário sobre um episódio racista em que torcedores do Chelsea ofendem o jogador Mohamed Salah:

“Todo tipo de racismo se trata de algumas pessoas que acham que valem mais ou que são melhores que as outras, e aí está o equívoco. Essas pessoas não deveriam fazer parte do futebol porque este esporte é o melhor exemplo de como pessoas diferentes, de raças diferentes, com tudo diferente, podem trabalhar juntas de forma brilhante”.

 

O Liverpool pode não ser da campeão Premier ou da Champions League. Mas Jurgen Klopp já é o vencedor invicto e antecipado dos nossos corações.

Sobre o autor

Rose Carreiro

Nascida num 20 de Outubro dos anos 80. Naturalmente petropolitana, com passaporte carioca. Flamenguista pé frio e expert em não se aprofundar em regras esportivas. Fã de Verissimo – o Luis Fernando – e Nelson, o Rodrigues (apesar de tudo). Poser. Pole dancer com as melhores técnicas para ganhar hematomas. Amadora no ofício de cozinhar e fazer encenações cômicas baratas. Profissional na arte de cair nos bueiros da Lei de Murphy.