Correspondência Divã-neando

É tempo de pedir perdão

Escrito por Mayara Godoy

Pedir perdão é necessário. Perdoar é libertador. E se perdoar é fundamental.

Uma das coisas mais difíceis da vida é pedir perdão. Reconhecer nossos erros e se colocar em posição de humildade para suplicar pela misericórdia alheia não é fácil.

Há muitos casos em que, incapazes de cometer tal ato, as pessoas preferem se afastar, cortar contato, mudar de planeta. Fazem qualquer negócio para não reconhecerem seu erro e não serem obrigadas a pronunciar a palavra mágica.

Mas, em verdade vos digo: pedir perdão é essencial. Não se trata de virar capacho de ninguém, nem de permitir ser abusado de graça. Mas, ao perceber que feriu os sentimentos de alguém, que fez mal a outrem, ou que agiu de maneira errada, é digno e correto buscar absolvição e tentar se redimir.

Além de pedir perdão, também precisamos exercitar a fina arte de perdoar. Se livrar dos ressentimentos de alguém que nos fez mal não é simplesmente um ato de altruísmo, é libertador. Muitas vezes, faz mais bem a nós mesmos que aos outros.

E o perdão, essa palavra tão singela mas com significados tão profundos, precisa começar por nós mesmos. Você já cometeu algum erro e continua se martirizando por ele até hoje? Eu, sim. Percebi que tenho muito mais facilidade para perdoar os erros alheios que os meus próprios.

Quantas noites de insônia já sofri ruminando arrependimentos e me odiando por ter cometido determinados erros? Incontáveis. E de repente me dei conta de que é imprescindível perdoar os outros – Jesus já ensinava -; é fundamental pedir perdão; mas, mais importante que tudo isso é a gente se perdoar em primeiro lugar. Só assim podemos seguir a vida, amando, errando, pedindo perdão e perdoando aos outros de alma limpa e leve.

Você já se perdoou hoje?

Sobre o autor

Mayara Godoy

Palestrante de boteco. Internauta estressada. Blogueira frustrada. Sarcástica compulsiva. Corintiana (maloqueira) sofredora. Capricorniana com ascendente em Murphy. Síndrome de Professor Pasquale. Paciente como o Seo Saraiva. Estudiosa de cultura inútil. Internet junkie. Uma lady, só que não. Boca-suja incorrigível. Colunista de opiniões aleatórias. Especialista em nada com coisa nenhuma.