Sem meias palavras

Parabéns pra você, não!

Escrito por Breno Amaro

Fazer aniversário é ótimo. O que estraga é o “parabéns pra você”.

A humanidade adiou demais esse debate, mas chegou a hora de falar sobre esse ritual cruel e torturante que é cantar “Parabéns pra você” no aniversário das pessoas.

Antes de mais nada, eu sou a favor de comemorar aniversários. Juntar amigos, parentes e amores, em um evento que celebra mais uma volta da pessoa em torno do sol, desde o seu nascimento, é algo culturalmente espetacular.

Comemorar esse momento com comida e bebida em fartura, música e dança sem limites, além de votos e desejos espirituais de felicidades para o homenageado do dia.

Receber presentes desde os mais simples e carinhosos, até os mais caros e ostentosos, simbolizando o afeto que cada convidado tem pela pessoa que está ali, oferecendo apenas seu sorriso e seu abraço em retorno.

Mas tudo isso vai pra vala, quando alguém grita lá do fundo:

“VAMO CANTÁ O PARABÉINS”

Aí, desandou.

O aniversariante é obrigado a ficar naquela posição desconfortável, atrás de uma mesa, olhando para um bolo e uma vela (quando não inventam de colocar uma quantidade de velas igual à idade da pessoa), ouvindo um coral torto e desafinado.

Depois, ela não sabe se bate palma ou bota as mãos no bolso; se olha pra vela quase apagando ou pra horda de convidados fazendo pressão psicológica; se canta “parabéns pra você” ou “parabéns pra mim”.

São os piores 40 segundos de um dos melhores dias da pessoa no ano.

Mas isso sou eu dizendo que não gosto.

Se você gosta, parabéns pra você.

P.S.: Eu não vou entrar no mérito do “com quem será” que é pra manter a sanidade.

Sobre o autor

Breno Amaro

Oi, eu sou o Breno. Carioca, redator, flamenguista, fã de surf, do Philadelphia Eagles e de Cavaleiros do Zodíaco. Faixa preta em Mortal Kombat e bi-campeão do World Series of Pavê 2015-16, comecei a escrever porque nunca aprendi a desenhar. Eu me fantasio de Ryu, de Ivan Drago e de Tigre no carnaval. Uma frase? “Trabalhe com o que ama e você nunca vai precisar trabalhar na vida, porque vai morrer de fome”. Escrevo sobre tudo o que passa na minha cabeça, sobre tudo que acontece na minha vida e, sobretudo, sobre nada. Meu cachorro se chama Bolinho.

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