Pensamentos crônicos

Nunca se é pobre para pagar o preço dos sonhos

Escrito por Brunno Lopez

Tudo na vida tem um preço. E, às vezes, esse preço é o da persistência.

Fazer é o verbo. Sentido é a direção. Se forem vontades, cria-se um impulso. Se forem obrigações, alimenta-se a decepção. O sal do suor tempera os anseios dos que trabalham.

Quando não se pode escolher, todo emprego é apenas um relógio martelando suas verdadeiras expectativas como um suplício corporativo.
Quando se pode, os dias costumam sorrir com a voz do despertador.

Mas acordar é – e tem que ser – pra todos. Ficar na cama é um jeito confortável de perder a transformação diária do mundo, ainda que existam os que consigam ser mais inteligentes de olhos fechados – e de boca também.

O que não se paga, se desperdiça. Habilidades só valem pela necessidade quando se sabe valorizar o talento. Se você for o dono da empresa da sua vida e a falha estiver na lista de candidatos, não tenha receio em admiti-la.

Pode parecer estupidez, mas quem se acostuma com tudo dando certo não tem o tempero emocional necessário quando o revés chega. E ele chega. Você não tem que colocar um capacho escrito “Bem-vindo” com letras em alto relevo na esperança de amenizar suas misérias emocionais. Você só precisa garantir que, quando o inverno passar, nada de bom que existe em você seja levado.

A vida é uma música que a gente compõe todos os dias. Escolha as pessoas certas pra tocar na sua banda, pois sozinho você só tem uma letra que ninguém canta junto.

Sobre o autor

Brunno Lopez

Um ilustrador de palavras que é a favor de tudo que é do contra. Um publicitário que não faz propaganda.
Um otimista aposentado que dá um tapa nas costas da vida enquanto o resto do mundo a empurra existência abaixo.
Um compositor de letras cotidianas sob um violão desafinado.
Um desenhista de verbetes que tem muitas certezas sobre as próprias dúvidas e acredita que o amor não passa de um tapete mágico que sobrevoa as misérias humanas.

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