Murphy Days

2011 – um Murphy em minha vida e todos os eletrônicos que comprei errado

O ano mal acabou e eu ainda não tenho do que reclamar, então vamos relembrar os fatos que marcaram esse ano maledeto peculiar que foi 2011.

Além do lançamento e, pior, do sucesso de “Ai, se eu te pego“, Murphy andou circundando o mundo pop sob diversos aspectos. Porque só Sua presença explicaria a saga Crepúsculo nos cinemas mais uma vez, com tanto entusiasmo dos adolescentes Restartianos.

Murphy também explica a suposta aposentadoria do Rubinho, aquele Barrichello, sem um campeonato depois de 42 anos de F1. E a presença de Murphy em 2011 também define mais um lançamento de Maria Gadú. Porque se alguma coisa deu errado no cenário da Música Popular Baiana, foi ela.

Obviamente eu não vim pra falar desse povo, mas deixem que eu solte um pouco a minha veia de crítica amargurada em coluna de blog antes de entrar no cerne da questão a que esta página web veio: 2011 – o ano em que o blog de Murphy nasceu.

Pra começar a retrospectiva 2011, na verdade eu preciso ir ao fim de 2010, pra então voltar ao futuro na minha Delorean mental e psicótica e contar como comprei o notebook que queima barrigas e frita ovos sem gordura e fumaça – o meu HP. OK, OK, ele me serve bem até hoje, mas quando efetuei a compra por módicos (que pra mim são uma fortuna) R$ 1300, eu pensava que estava a fazer um grande negócio, afinal, era um HP. Quando questionada a respeito do meu novo produto de interação com as massas no meio virtual, eu diria de peito estufado que era um HP, e não um Positivo ou um Itautec da vida. Até descobrir que ele esquentava feito um grill Black & Decker e sugava o tecido do meu edredom.

Daí por diante, o dedo podre dos eletrônicos criava vida e apontava pra minha cara, como que dizendo: Murphy wants YOU.  Nem precisava ligar na tomada ou custar R$ 40, se eu comprasse algum utensílio, podia ser uma lâmpada, que ela demoraria pra acender e queimaria na metade do tempo.  Isso, claro, além das vezes em que o chuveiro queimou enquanto eu estava no banho. E no inverno.

Ainda sobre a torradeira HP, o objetivo da compra do meu querido notezinho era, além de falar com minha mãe pelo MSN e economizar uns trocados com a conta de telefone – apesar de a minha mãe nunca estar online – era o de voltar a nutrir meus blogs com toda experiência e sabedoria desta que vos fala. Mas tantos rebuliços e coisas dando errado vieram que acabei, junto de minha comparsa Mayara, dando à luz este blog, porque já que estamos na merda com Murphy, que ao menos tiremos proveito e, quem sabe, algumas risadas dos leitores.

Como diz o ditado “fala no Diabo, aparece o rabo”, e desde então Murphy ganhou notoriedade em quaisquer pequenos atrasos – de vôos, de recebimentos de e-mails, de chegada de correspondência – e zicas de minha vida. E consumista que sou, não escapei de receber alguma influência do Onipresente também em minhas compras. Sapato que machuca o pé, etiqueta que dá alergia, tudo isso virou corriqueiro. Só que, maior era a quantia, em tamanho igual era a chance de zicar.

Escorrega da mão e oooops…

Aconteceu que resolvi presentear meu digníssimo com um monitor / TV. Lindo, com moldura transparente, toda aquela parafernalha HDMI, e até era em cores. O vendedor ainda nos convenceu a levar a garantia estendida. Tão felizes ficamos com a aquisição que logo chegamos em casa jogando o monitor antigo pra escanteio, até que…cadê o som? Eu, achando que, como era um monitor, não era pra ter som mesmo, acreditei que bastava ligar o fone e tava tudo certo. Ainda bem que o digníssimo é mais inteligente que eu e não se esqueceu de que se tratava de uma TV, portanto, deveria ter alto-falantes. Conclusão: defeito. Ou melhor, Murphy.  Algumas horas de fome, espera, conferência e uma atendente com cara de c* depois, trocamos a TV e fim de papo. Por enquanto.

Mas o verão no Paraná chega em setembro, então Murphy resolveu quebrar meu ventilador de madrugada, com um estrondoso nhec nhec nhec. Problema criado, já que nosso ventilador era daqueles de coluna e nós só achávamos os de mesa ou de teto. Pobres que somos, nada de ar condicionado. Continuamos correndo atrás de um ventilador até que encontramos um no Carrefour. Última peça, tava no mostruário, não tinha nem caixa. Mas a necessidade faz a gente pagar mico, e lá fomos nós, no meio daquele povo bonito, carregando o ventilador desmontado dentro de um carrinho. Ainda tivemos de esperar uma distinta senhora reclamar que pagou R$ 3,19 num queijo ralado cuja tabuleta de preço dizia custar R$ 2,89, pra poder apanhar a garantia do ventilador e fugir dali. O importante é que o ventilador foi testado na loja e tudo ia bem…até chegarmos em casa e descobrirmos que a peça que regula a altura da coluna não veio. Agora, leitores, me perguntem se eu voltei lá pra pedir a peça?

Feliz 2012.

Sobre o autor

Rose Carreiro

Nascida num 20 de Outubro dos anos 80. Naturalmente petropolitana, com passaporte carioca. Flamenguista pé frio e expert em não se aprofundar em regras esportivas. Fã de Verissimo – o Luis Fernando – e Nelson, o Rodrigues (apesar de tudo). Poser. Pole dancer com as melhores técnicas para ganhar hematomas. Amadora no ofício de cozinhar e fazer encenações cômicas baratas. Profissional na arte de cair nos bueiros da Lei de Murphy.

1 comentário

  • Eu estou até hoje pra escrever a história do computador novo do Wagner.
    Ah, também teve meu aspirador de pó (que era novo), que queimou na segunda vez que usei.
    Também teve meu ferro de passar, que já contei aqui.
    E a sanduicheira novinha que ganhei da minha amiga já parou de funcionar um lado…
    Ou seja, Murphy odeia eletrodomésticos.

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