Entre sessões, consultas e caixas coloridas com nomes de pronúncia incomum, fica a busca pela continuidade mental, pela sanidade cotidiana.
Quem vê cara, não vê prescrição ou receita, mas é sempre difícil esconder o que se passa. Mesmo quando tudo vai bem, é recomendado cuidado. Talvez o tempo ensine a todos que batalham pela vida e por alguma sanidade, que nosso cérebro pode ser mais inteligente do que nossas vãs suposições.
O lado mais complicado da história é descobrir que essa capacidade pode facilmente se voltar contra nós, mas a guerra é essa mesma. Quando sua cabeça é seu maior aliado, inimigo e campo de batalha, sobreviver é preciso. Independente do modo, independente da forma, independente do tempo, é provável que nada se resolva sozinho.
A intensidade da loucura que se instala contrasta com o excesso de calma que provoca vazio e angústia. O silêncio acontece através de um tenebroso grito mudo que arde e dói sem qualquer cicatriz aparente. Nas trincheiras de uma mente nebulosa se faz o pranto e a risada desesperada.
Tudo parece uma balbúrdia de cochichos. A cabeça roda, mas a Terra parece não girar. Pra nada. Tudo é um infinito inquietante, ao menos até que você peça ajuda.
Entenda, acredite e procure aceitar: você não está só.