Forma de expressão, maneira de mostrar ao mundo seus gostos, preferências e individualismo, as tatuagens, geralmente carregadas de simbologia e significados, te destacam e não te deixam ser apenas mais um na multidão. Para a sorte de muitos (incluindo a minha), o mundo está revertendo a visão negativa para com elas. Um exemplo são as empresas, que negavam vagas aos tatuados, e passaram a ver-nos como parte integrante de um todo.
Parafraseando Vinicius, os preconceituosos que me desculpem, mas tatuagens não nos rotulam. Nos completam.São parte de quem somos e constroem nossa personalidade.
E marcar a pele com tinta não é uma invenção dos tempos modernos. O primeiro registro de uma tatuagem é datado de 3.300 A.C. Naquela época, os romanos eram a única civilização contra as tatuagens, por acreditarem na pureza do corpo humano. Elas eram relegadas a criminosos (bem semelhante ao que ocorria em nossa sociedade há não muito tempo).
Mesmo os romanos mudaram essa visão tempos depois, passando a tatuar insígnias de guerra na pele. Alguns povos tatuavam seus rostos para identificar seus membros, e no Japão essa arte chegou até a ser ilegal.
Porém, o amor do ser humano por desenhar na pele nunca morreu, e os tatuadores hoje em dia têm feito um trabalho simplesmente lindo: a arte de reconstruir a autoestima de mulheres que perderam o seio devido ao câncer de mama.
Tatuadores vêm reconstruindo mamilos afetados por mastectomias, e alguns o fazem até de graça. Um exemplo, aqui no Rio de Janeiro, é a campanha Espelho, Espelho Meu, que ocorre durante o Outubro Rosa. A tatuagem é feita utilizando a técnica 3D, e é um processo quase indolor.
Portanto, mais que arte ou forma de expressão, a tatuagem tem cumprido também este importante papel social. Valorizemos mais o trabalho dos tatuadores, artistas e profissionais que mudam vidas.
Créditos da imagem: Cidade Verde