Que beleza!

Tatuagem: arte na pele e reconstrução de autoestima

Escrito por Raphaela Lourenço

Tatuagens podem ser mais que um adereço fashion. Elas podem ser uma forma de reviver a autoestima.

Forma de expressão, maneira de mostrar ao mundo seus gostos, preferências e individualismo, as tatuagens, geralmente carregadas de simbologia e significados, te destacam e não te deixam ser apenas mais um na multidão. Para a sorte de muitos (incluindo a minha), o mundo está revertendo a visão negativa para com elas. Um exemplo são as empresas, que negavam vagas aos tatuados, e passaram a ver-nos como parte integrante de um todo.  

Parafraseando Vinicius, os preconceituosos que me desculpem, mas tatuagens não nos rotulam. Nos completam.São parte de quem somos e constroem nossa personalidade.

E marcar a pele com tinta não é uma invenção dos tempos modernos. O primeiro registro de uma tatuagem é datado de 3.300 A.C. Naquela época, os romanos eram a única civilização contra as tatuagens, por acreditarem na pureza do corpo humano. Elas eram relegadas a criminosos (bem semelhante ao que ocorria em nossa sociedade há não muito tempo).

Mesmo os romanos mudaram essa visão tempos depois, passando a tatuar insígnias de guerra na pele. Alguns povos tatuavam seus rostos para identificar seus membros, e no Japão essa arte chegou até a ser ilegal.

Porém, o amor do ser humano por desenhar na pele nunca morreu, e os tatuadores hoje em dia têm feito um trabalho simplesmente lindo: a arte de reconstruir a autoestima de mulheres que perderam o seio devido ao câncer de mama.  

Tatuadores vêm reconstruindo mamilos afetados por mastectomias, e alguns o fazem até de graça. Um exemplo, aqui no Rio de Janeiro, é a campanha Espelho, Espelho Meu, que ocorre durante o Outubro Rosa. A tatuagem é feita utilizando a técnica 3D, e é um processo quase indolor.

Portanto, mais que arte ou forma de expressão, a tatuagem tem cumprido também este importante papel social. Valorizemos mais o trabalho dos tatuadores, artistas e profissionais que mudam vidas.

Créditos da imagem: Cidade Verde

Sobre o autor

Raphaela Lourenço

Nascida em 1º de setembro de 1991 quando o rock era sensacional!

Cinéfila inveterada, rançosa por natureza, Felícia de gatinhos fofos, dramática como Emily Brontë, viciada em histórias de serial killers, jovial como Machado de Assis.

Militante de roupas plus size estampadas, sutil como um rinoceronte, escritora de literatura erótica, mas com muitíssima classe!