Observando as ruas nesses dias de inverno, notei que parecia haver proliferado o número de animais nas ruas. Meu coração apertava enquanto eu refletia: por que em pleno século XXI as pessoas ainda fazem questão de comprar animais ao invés de adotá-los? Por preferirem raça? Beleza? Porte? Isso é pura insanidade. Fazer comércio com um ser vivo, seja ele qual for, é pura mesquinharia, e um ato de crueldade, porque enquanto o bolso está enriquecendo, mais um lar que poderia abrigar um animal de rua é perdido. E com isso, esse mesmo bichinho indefeso está à mercê do frio, da fome e da indiferença.
Mas a adoção não é qualquer coisa, e deve ser feita com muita responsabilidade. Lembre-se de que a partir do momento em que seu novo parceirinho chega à sua casa, você se torna papai ou mamãe, e deve alimentar, limpar as caquinhas, e acima de tudo e mais importante: encher de amor e carinho, que serão retribuídos da forma mais pura e sincera do mundo.
Adotar foi a melhor coisa que já fiz. Costumam dizer que felinos não se importam muito com os donos, que eles são mais apegados aos locais onde vivem e com sua caminha fofa para dormir. Discordo totalmente dessa teoria e com provas diárias disso. Pandora, agora com dois anos, foi jogada no lixo logo ao nascer e depois passou por abusos até os 7 meses, quando a adotei. Até hoje se assusta com qualquer barulho, até do meu próprio espirro. Ragnar, meu príncipe viking de um ano e meio veio de um lar temporário, e foi encontrado na rua, vagando por aí.
Esses dois são os meus amores, meus filhos, que amo como se verdadeiramente o fossem, e todos os dias quando eu chego em casa um dos dois está na janela à minha espera, enquanto o outro me recepciona na porta. Os dois dormem comigo na minha cama, me fazem carinho, e é assim que retribuem o amor que dou a eles, da forma que podem.
Fica aqui um apelo: por favor, adotem. Faz bem à alma e ao coração, independente do animal que você escolher. Adotar é um ato de amor, e esse amor é retribuído na mesma proporção.