Gerando Gentileza

Adoção: um ato de amor

Escrito por Raphaela Lourenço

Adotar um animal é uma grande responsabilidade, mas também é recompensador, além de ser um gesto de nobreza e de amor.

Observando as ruas nesses dias de inverno, notei que parecia haver proliferado o número de animais nas ruas. Meu coração apertava enquanto eu refletia: por que em pleno século XXI as pessoas ainda fazem questão de comprar animais ao invés de adotá-los? Por preferirem raça? Beleza? Porte? Isso é pura insanidade. Fazer comércio com um ser vivo, seja ele qual for, é pura mesquinharia, e um ato de crueldade, porque enquanto o bolso está enriquecendo, mais um lar que poderia abrigar um animal de rua é perdido. E com isso, esse mesmo bichinho indefeso está à mercê do frio, da fome e da indiferença. 

Mas a adoção não é qualquer coisa, e deve ser feita com muita responsabilidade. Lembre-se de que a partir do momento em que seu novo parceirinho chega à sua casa, você se torna papai ou mamãe, e deve alimentar, limpar as caquinhas, e acima de tudo e mais importante: encher de amor e carinho, que serão retribuídos da forma mais pura e sincera do mundo.

Adotar foi a melhor coisa que já fiz. Costumam dizer que felinos não se importam muito com os donos, que eles são mais apegados aos locais onde vivem e com sua caminha fofa para dormir. Discordo totalmente dessa teoria e com provas diárias disso. Pandora, agora com dois anos, foi jogada no lixo logo ao nascer e depois passou por abusos até os 7 meses, quando a adotei. Até hoje se assusta com qualquer barulho, até do meu próprio espirro. Ragnar, meu  príncipe viking de um ano e meio veio de um lar temporário, e foi encontrado na rua, vagando por aí.

Esses dois são os meus amores, meus filhos, que amo como se verdadeiramente o fossem, e todos os dias quando eu chego em casa um dos dois está na janela à minha espera, enquanto o outro me recepciona na porta. Os dois dormem comigo na minha cama, me fazem carinho, e é assim que retribuem o amor que dou a eles, da forma que podem.

Fica aqui um apelo: por favor, adotem. Faz bem à alma e ao coração, independente do animal que você escolher. Adotar é um ato de amor, e esse amor é retribuído na mesma proporção.

Sobre o autor

Raphaela Lourenço

Nascida em 1º de setembro de 1991 quando o rock era sensacional!

Cinéfila inveterada, rançosa por natureza, Felícia de gatinhos fofos, dramática como Emily Brontë, viciada em histórias de serial killers, jovial como Machado de Assis.

Militante de roupas plus size estampadas, sutil como um rinoceronte, escritora de literatura erótica, mas com muitíssima classe!