Poderia me vangloriar por esporte, como um aquecimento matinal para qualquer atividade física aleatória. Sair do meu próprio corpo só pra admirar de fora todo meu colossal saber e minha vertiginosa inteligência emocional. Mas aí seria mais soberba do que reconhecimento próprio. Porém, essa é uma régua que coloco diante de você quando deveria simplesmente lhe oferecer uma bandeja de indiferença.
Até riria das suas tentativas de piadas ou ainda dessa reunião diária de autopiedade reticente, mas não consigo permitir que meus pés sejam desonrados ao pisar em territórios que você distribui pegadas.
Se pudesse, depositaria maturidade na sua conta, mas você provavelmente faliria a palavra, tornando-a infantil. Antes fosse inocência, mas é unicamente um veterano no jardim de infância.
Nem o melhor cozinheiro de otimismo consegue alimentar admiração por seu cardápio. É de perder o respeito e a fome. É de recusar a sobremesa e considerar a inanição uma recompensa.
Pior do que estar adoçado ou salgado demais, é ser naturalmente insípido.
E, com tantos temperos que carrego, é prejudicial a qualquer receita de felicidade estar próximo de ingredientes como os seus.
Espero que os radicais livres sejam revolucionários com você.