Já é dezembro, mas o clima de fim de tarde ainda é agradável.
A brisa – inacreditavelmente – é suave e refrescante, na medida exata para relaxar após um pesado dia de trabalho.
E, nessas tardes acalentadoras, o programa preferido dela tem sido chegar em casa e sentar na varanda para conversar com ele.
Pés para cima, a luz avermelhada do pôr-do-sol e os papos, que às vezes duram horas. Só se dão conta de quanto tempo passou quando a penumbra denuncia que já é tarde da noite.
Falam de política, comportamento, relacionamentos, música, cinema; fazem piadas ruins, riem e até discutem, mas sempre em uma sintonia assustadora.
As conversas de varanda são sempre incríveis, e a conexão entre os dois é sublime.
Os papos só cessam, mesmo, quando acaba a bateria do celular.