Praia cheia, futevôlei rolando, shoppings e bailes lotados e trânsito livre. Além da falta de capacidade de quem nos governa, é difícil lutar contra a burrice. A idiotice já venceu. Como dito no passado, pela quantidade. Enquanto uma autoridade sugere a fiscalização invasiva, quem ainda tem bom senso acorda, lava os copos, passa o dia, conta os corpos e finge acreditar que temos alguma saída.
Jamais foi por preocupação aos que não poderiam trabalhar e se manter com dignidade durante a quarentena. Não veremos manifestações porque os vendedores de mate não estão nas praias ou sobre a situação dos informais. Por enquanto, a praia mais vazia até agrada. Mais limpa, dirão.
Pedir consciência é a mais pura imbecilidade quando falamos de um país que não conseguiu praticar qualquer modelo de combate à pandemia. O próximo incômodo virá da insatisfação pelo delivery prolongado. Fica a louça pra lavar e o chopp não vem no grau, não é mesmo?
Bastou um indício irresponsável de flexibilização para que as máscaras caíssem. Não é, nunca foi por preocupação.
Sorte de quem mantém a consciência em isolamento e sai à rua cobrindo nossa cara por saúde e por vergonha de pertencer a esse mesmo povo sem vontade de pensar e preocupado apenas com a própria vontade.
Não digam que era por preocupação, nunca foi preocupação. Basta assumir.