Fevereiro começou com uma notícia que promete estremecer os bastidores da Fórmula 1 para a temporada 2024 e, principalmente, também a de 2025, ano em que começa a vigorar o contrato do piloto inglês Lewis Hamilton na Ferrari.
É simplesmente uma das maiores contratações da história da categoria. O piloto detentor de boa parte dos recordes existentes neste esporte pilotando para a equipe mais tradicional, participante de todas as temporadas desde 1950.
Após 11 anos de equipe Mercedes e seis títulos mundiais – ganhou o primeiro com a McLaren, em 2008 -, Hamilton resolve mudar de ares e realizar um sonho. Pilotar uma Ferrari, não importa o modelo e estilo, deve ser o sonho de dez entre dez homens (e mulheres, também).
Mais do que isso. Era o sonho de seu grande ídolo, o brasileiro Ayrton Senna, o qual não teve tempo, devido à morte precoce em 1994, após bater no muro na curva Tamburello, no circuito de Ímola. Na ocasião, Senna estava na equipe Williams. Também uma vontade de longa data, pois era um carro extraordinário e que o tricampeão almejava guiar há tempos. A sua ideia, segundo contam pessoas próximas a ele, era conquistar mais dois ou três títulos com a equipe inglesa e encerrar a carreira no time italiano de cores vermelhas e amarela.
Exatamente como Hamilton fará. Em 2025, ele estará com 40 anos e em sua 19ª temporada. Estreante com o vice-campeonato em 2007, no último título de pilotos dos ferraristas, com Kimi Raikkönen. Ele possui 103 vitórias, 104 poles e 197 pódios.
Hamilton será o primeiro britânico a pilotar a Ferrari desde o irlandês Eddie Irvine, em 1999. E o primeiro inglês em 35 anos, sendo o último Nigel Mansel, em 1990. Terá como companheiro de equipe o monegasco Charles Leclerc. E fora o salário astronômico que, segundo o jornal italiano Corriere della Serra, será de cerca de 40 milhões de euros por ano (aproximadamente R$ 213 milhões), há uma mudança drástica no regulamento para os próximos anos como motivações de troca de casa pelo heptacampeão. A partir de 2026, metade da propulsão do motor da F1 será originada da energia elétrica, buscando inovação e sustentabilidade – algo sempre defendido por Hamilton.
Para quem não estava acompanhando muito de perto ou dando tanta importância para as corridas nos últimos anos por causa da monotonia do domínio da Red Bull, será interessante acompanhar como será a despedida de Hamilton da Mercedes, como a Ferrari começará a preparar o terreno para receber o inglês e como os adversários vão se portar para buscar uma vaga que irá sobrar para a temporada seguinte. Bons motivos para assistir às 24 etapas do Mundial este ano, o mais longo da história.