Correspondência Etiqueta Sem meias palavras

Guia do mochileiro social

Escrito por Raphaela Lourenço

Viver em sociedade pode ser difícil, mas é possível melhorar, desde que as pessoas ativem o modo “bom senso, em vez do “non sense”.

Já percebeu como conviver com outros seres humanos é complicado? Oh bichinho difícil de entender… Se está frio, reclama. Se está calor, também. Se está liso, quer cachear; se está cacheado, quer alisar. A definição de controvérsia no dicionário poderia ser: o ser humano. Talvez seja por isso que prefiro meus gatos, que não fazem meus neurônios estourarem com o estresse diário.

Pensando em tudo que me irrita, seguem 10 mandamentos para tornar a vida do seu coleguinha do lado mais agradável (ou a sua própria). Você não precisa amá-lo na saúde ou na doença, na alegria e na tristeza, mas respeite-o! 

  1. Não dirija a 20 km/h sabendo que há uma fileira de carros atrás de você! Além de ser um desrespeito, você evita uma série de palavrões desnecessários; 
  2. Não seja DJ! Sua música, seu espaço. Ninguém mais é obrigado a compartilhar seus gostos musicais (fica aqui meu apelo para meus vizinhos que ouvem pagode no último volume em pleno sábado de manhã);
  3. Quando pessoas aleatórias que você tem pouco contato te encontram na rua e perguntam: “tudo bem?”, daquele modo caminhante em que a pessoa já poderia estar na próxima esquina antes de você responder, lembre-se: diga somente: “tudo ótimo!”. Esse tipo de pessoa não quer de fato saber dos seus problemas;
  4. Não mande áudios de mais de 3 minutos no WhatsApp, e esse tempo todo apenas se você estiver contando a história da sua vida. Ninguém tem paciência para ouvir isso;
  5. E, aliás, não leia a mensagem sem responder. Não há nada pior do que olhar o check azul e não ver a resposta;
  6. Respeite o espaço alheio quando a pessoa acorda e não te dá bom dia. Há várias razões para isso: TPM, não gostar de conversar antes de tomar café, ou o simples fato de serem 5h da manhã;
  7. Não chegue sem convite na casa das pessoas na hora do almoço. Não há nada mais desagradável;
  8. Aprenda a diferença entre ser cheiroso e estar fedendo! Perfume não vai mascarar sua falta de banho, então não precisa cair em uma bacia de perfume fedido. Respeite a narina alheia;
  9. Se você está andando a esmo, observando lojas, faça isso no cantinho da calçada. Ninguém precisa de um mamute estacionado no meio do caminho;
  10. E, por fim, assim como a vida de ninguém é da sua conta, a sua também não é da conta de ninguém. Pare de dar satisfação sobre tudo que você faz, só atrai negatividade. E ninguém quer saber do sucesso do seu filho que foi para os Estados Unidos e está ganhando rios de dinheiro enquanto você está afundado na lama em um Brasil em crise. 

Se poupe, me poupe, NOS POUPE!

Sobre o autor

Raphaela Lourenço

Nascida em 1º de setembro de 1991 quando o rock era sensacional!

Cinéfila inveterada, rançosa por natureza, Felícia de gatinhos fofos, dramática como Emily Brontë, viciada em histórias de serial killers, jovial como Machado de Assis.

Militante de roupas plus size estampadas, sutil como um rinoceronte, escritora de literatura erótica, mas com muitíssima classe!