Gabinete do Ódio

A Fantástica Fábrica dos que só latem

Escrito por Leandro Duarte

Os cães ladram, mas a caravana passa. Não sei bem o que isso significa, mas temos que calar os pitbull de portão.

Salve, 2021! Se eu não morri ano passado, parça, vai tirando o cavalo da chuva, otário.

Jamais confunda um pitbull de portão com os vira-latas de vila, ou é a sua canela que vai sofrer as consequências, vacilão. Mexe com o Caramelo pra tu ver.

Nesse delírio coletivo em que fomos mergulhados desde a ascensão dessa onda do ultra conservadorismo “velho-babão”, muitas vezes fica quase impossível discernir a fantasia da realidade no meio de tanto latido.

E não é por acaso todo esse barulho. Esse latido raivoso, atrás do portão ou de uma tela de led, passa de casa em casa, e em questão de segundos todos os ‘pitbull de portão’ da rua estão vociferando o melhor deles, escorrendo chorume pelas presas sujas.

A invasão do congresso estadunidense nada mais foi que uma reunião desses cachorrinho fiadaputa. Um dos cachorros mandados morreu em consequência de ataque cardíaco após estourar uma bomba de gás ao seu lado. Imagina só se esses dogs fossem professores do Estado, malandro, não sobrava 1 com a polícia do Dória.

Nem nos piores filmes de Hollywood nós veríamos uma tentativa de golpe de Estado tão patética quanto essa. Ok, o Aécio tentou há alguns anos, mas ficou bem atrás, sua matilha nunca teve o mesmo amor que os dogs têm pelo derrotado pateta cor de laranja. Estou ansioso pelos livros de História das próximas décadas, e em qual esgoto irão jogar essa corja.

No mais, os vira-latas de vila precisam começar a fazer mais barulho também, quanto mais tempo a gente perde lambendo as feridas, maior será o eco desses latidos de morte.

Sobre o autor

Leandro Duarte

Leandro, 33 anos, ganha a vida em projetos e TI, talvez por isso sem a menor paciência para toda essa bobagem nerd e cultura pop. Em resumo, inadequado. Grande demais para a poltrona do ônibus de todos os dias.
Pequeno demais para sorrir de tudo. Velho demais para um banho de chuva; muito novo para temer o resfriado. Direto demais para a palavra escrita, e de menos para se fazer compreender. Humano demais para viver de tecnologia. Humano de menos para largar tudo. Comunista demais para os dias de hoje. Comunista de menos para o que é preciso ser feito.
Mesmo inadequado, segue peleando. Como era de se esperar, falhando miseravelmente.

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