Murphy Days

Murphy x a dona-de-casa

Escrito por Mayara Godoy

Um dos momentos preferidos por Murphy é na hora dos afazeres domésticos.

Toda vez que eu me meto a besta tento fazer a dona-de-casa, Murphy intervém e transforma meus afazeres domésticos em verdadeiros desastres.

Murphy é tão obcecado, mas tão obcecado, que se manifesta até mesmo através de objetos inanimados, como facas, panelas ou máquinas de lavar.

Às vezes eu me pergunto se ele odeia donas-de-casa em geral ou tem como objetivo meramente me provar que eu não nasci pra coisa.

Não que eu faça muita questão de ser a própria Amélia 2.0, mas será que é pedir muito que, pelo menos, lavar a louça não fosse uma atividade cheia de surpresas?

E assim é minha vida: a tampa de vidro temperado (!!!) da máquina de lavar quebra e espalha os caquinhos nos lençóis que estão de molho, a pia da cozinha entope quando eu estou lavando a louça – ou, pior, a torneira estoura, causando um mini-tsunami em casa -, o ferro a vapor resolve soltar sujeira na roupa branca nova, e por aí se seguem infindáveis exemplos.

Eu sei que não sou a “senhora destreza” (estou mais pra “desastreza”), mas Murphy faz questão de dar um empurrãozinho – ou empurrãozão, dependendo do valor do objeto que tenho em mãos.

Minha sina é tanta que, até mesmo preparar um humilde tererê vira uma aventura digna de narração da Sessão da Tarde. “Mayara aprontará altas confusões com água, limão, gelo e erva-mate!!”, diria o cara cuja voz parece que ele está sempre sorrindo.

Mas, limão espirrado no olho e erva-mate esparramada pela casa à parte, para quem é Murphyana de “nascença” como eu, qualquer faxina de fim-de-semana é uma oportunidade e tanto para a Murphy aplicar sua lei mais infalível: “Se algo pode dar errado, dará errado da pior maneira, no pior momento e de modo a causar o maior estrago possível”.

Aliás, tudo isso costumava acontecer comigo antes, quando eu morava na casa dos meus pais. Agora, que tenho a minha própria casa, a situação se potencializou “um pouco”. Acompanhe os próximos capítulos posts da saga “a mudança”.

Sobre o autor

Mayara Godoy

Palestrante de boteco. Internauta estressada. Blogueira frustrada. Sarcástica compulsiva. Corintiana (maloqueira) sofredora. Capricorniana com ascendente em Murphy. Síndrome de Professor Pasquale. Paciente como o Seo Saraiva. Estudiosa de cultura inútil. Internet junkie. Uma lady, só que não. Boca-suja incorrigível. Colunista de opiniões aleatórias. Especialista em nada com coisa nenhuma.

2 comentários

  • Na verdade, Francielle, Murphy sabe o que faz. Ele não faria nada dar errado se tivesse alguém por perto para ajudar. Estar sozinha, numa hora bastante imprópria, são pré-requisitos! hehehehe

  • O pior de não estar na casa dos pais é que não tem a sua mãe para ajudar né?! Sei como é isso, comigo tudo dá errado, já aconteceu até vazamento no apartamento de baixo, quando fui lavar o banheiro…