Murphy Days

Murphy & Eu

Escrito por Mayara Godoy

Existe azar pontual. Existe gente que tem bastante azar. E existem pessoas assombradas pela Lei de Murphy. Essa é minha vida, esse é meu clube.

Todo mundo conhece a Lei de Murphy. Todo mundo já foi vítima dela um dia. Ou é perseguido por ela vez ou outra. Mas, comigo, a coisa é mais intensa. Murphy me ama. Ou o contrário, não sei bem ainda. Mas o fato é que nem sempre o mundo funciona à base da ação e reação. Algumas pessoas são simplesmente azaradas mesmo – vide esta que vos escreve.

Minha lista de reveses vai de prejuízos financeiros de toda ordem a situações constrangedoras pelas quais passo nos piores momentos possíveis. Felizmente, sou safa o suficiente para não jogar a dinheiro. Caso contrário, seria capaz de perder todos os meus bens, os rins, a alma, a dignidade e a senhora minha mãe até mesmo em campeonato de tazo.

E com um toque de azar aqui e um pouco de falta de destreza ali, eu sou daquelas que esbarra, derruba, quebra, mancha e estraga de tudo um pouco – inclusive a si mesma. Sem contar as coisas que eu compro e já vêm estragadas. Eu não sei se sou muito desligada, ou se Murphy é infinitamente mais esperto que eu, mas não consigo terminar um dia sem me ferrar de alguma maneira.

Eu sou o tipo de pessoa que não pode usar uma roupa nova numa ocasião especial. Porque eu vou derramar alguma coisa. E vai manchar. E não vai ser só um pingo. Eu provavelmente vou tomar um banho de mojito de morango e terminar com hortelã até dentro do sapato (true story).

Se não é pra dar show, eu nem saio de casa.

Enquanto pessoas normais se preocupam com coisas banais, tipo terem pegado a fila mais lenta no supermercado ou no trânsito, eu tenho de lidar com seres inanimados que parecem criar vida própria (sério!), seres vivos que parecem me querer morta (sério também!) e com eventos que parecem destinados unicamente a atravancar um pouquinho mais o meu dia. Nessa lista, podemos citar, por exemplo, caixas eletrônicos que não funcionam, postos de gasolina que não têm gasolina, professores de academia que deixam os pesos frouxos que quase caem em cima de mim – às vezes tudo isso no mesmo dia -, e daí por diante.

E todo este texto foi praticamente só para dizer que Murphy ainda está vivo, sempre esteve, e que enquanto houver blog e enquanto houver Mayara Godoy e Rose Carreiro, haverá Murphy Days! Feliz 2017!

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Sobre o autor

Mayara Godoy

Palestrante de boteco. Internauta estressada. Blogueira frustrada. Sarcástica compulsiva. Corintiana (maloqueira) sofredora. Capricorniana com ascendente em Murphy. Síndrome de Professor Pasquale. Paciente como o Seo Saraiva. Estudiosa de cultura inútil. Internet junkie. Uma lady, só que não. Boca-suja incorrigível. Colunista de opiniões aleatórias. Especialista em nada com coisa nenhuma.