Elas purificam o ar, amenizam dores, alegram ambientes, às vezes florescem, em outras despencam, podem subir pelas paredes ou, simplesmente, crescer e preencher espaços. Uma coisa é fato: você pode relutar, mas quando elas entram, ficam para sempre.
As plantas são aqueles seres vivos que não falam, nem andam, tampouco precisam ir ao banheiro. Mas estão ali, com sua presença que se renova todos os dias, seja com o nascimento de uma nova folha ou o adeus daquele ramo que secou e não vai ressuscitar.
Ter plantas em casa é um desafio constante. Apesar de não ter as necessidades fisiológicas de um humano ou bichinho de estimação, as plantas têm sede e opiniões próprias. Cada uma é de um jeito, com desejos diversos e possibilidades diferentes. Por isso, acertar a quantidade de água que ela precisa é o primeiro passo para fazer uma planta feliz. A frequência da rega também é muito importante. Não é porque fulana sente sede todo dia, que ciclana precisa se refrescar mais de uma vez por semana.
Outra coisa fundamental é descobrir qual o lugar da casa que ela mais aprecia. Algumas são como aquelas pessoas que vão pra praia se bronzear e encaram o sol do meio dia numa boa. Outras, preferem sombra e água fresca, de preferência sem nunca correrem o risco de pegar marquinha.
O próximo passo é fazer amizade com ela. Dar um nome ajuda muito. Por experiência, posso dizer que tudo mudou na minha pequena florestinha quando passei a nomear as plantas. Olívia, Nina, Adélia, Rita, Virginia, Olga, Clarice, Lívio, o lírio… Com um nome vem a noção ainda mais forte da vida e o cuidado passa a ser diferente, pode testar.
Conversar com ela também faz a diferença, mesmo se for pra desejar bom dia. As plantas amam elogios e a energia que você transmite para elas é essencial para um desenvolvimento saudável. Por mais que pareça bobagem, trocar uma ideia com uma planta linda que deixa sua casa mais especial e te ajuda a respirar bem é muito melhor do que fazer isso, por exemplo, com uma pessoa que inicia queimadas.
Considere essas dicas vindas de uma pessoa leiga, que assassinou um sem número de plantas antes de aprender a cuidar delas. Com esses pequenos passos, paciência e afeto, se você ainda não é a(o) louca(o) das plantas poderá, enfim, realizar o sonho da floresta própria. Ou pelo menos ter uma planta amiga para chamar de sua.
