Gabinete do Ódio

Fala tu, Dr King.

Escrito por Leandro Duarte

Precisamos fugir do discurso raso e compreender o mundo à nossa volta. A gente precisa se informar e conhecer nossa história.

Se liga, uma cota atrás o Dr. King deu esse papo:

Existe uma busca quase universal por respostas fáceis e soluções semielaboradas. Nada perturba tanto algumas pessoas como ter de pensar.

Mano, tá cada dia mais difícil compreender a porra do mundo e a sociedade em que a gente vive. O bagulho tá louco, tá cada vez mais foda pra todo mundo, e isso não é exclusividade sua, por mais que você queira acreditar nisso.

E é nessas horas que a gente precisa ficar esperto, largar de preguiça. Buscar aprender, conhecer a nossa história e estar atento ao presente.

Vai conhecer a Revolta da Chibata, de João Cândido, vai entender quem são os heróis e quem está apenas levantando o chicote contra seu próprio irmão. A violência policial precisa ser combatida.

Exercite sua mente, parceiro. Vai ler, vai buscar a origem das paradas. Vai conhecer a história da Tia Ciata, ou a história de Dandara. Vai entender a luta da mulher, uma luta silenciosa aos olhos da História, silenciosa igual o perrengue que as mina passam até hoje, carregando o mundo nas costas, e vagabundo dentro de casa sem coragem pra lavar uma louça.

Vamos aprofundar o debate, não tem saída fácil pra nada nessa vida, irmão. Ficar parado repassando porra de notícia falsa só vai piorar tudo. Então pensa, caralho.

O Dr. King disse outra parada também:

Nunca se esqueça que tudo o que Hitler fez na Alemanha era legal.

Mantenha a cabeça no lugar, poucas ideias para esses fascista do caralho. Precisamos nos organizar e derrubar o presidente, no momento não temos arma mais poderosa que a informação.

Sobre o autor

Leandro Duarte

Leandro, 33 anos, ganha a vida em projetos e TI, talvez por isso sem a menor paciência para toda essa bobagem nerd e cultura pop. Em resumo, inadequado. Grande demais para a poltrona do ônibus de todos os dias.
Pequeno demais para sorrir de tudo. Velho demais para um banho de chuva; muito novo para temer o resfriado. Direto demais para a palavra escrita, e de menos para se fazer compreender. Humano demais para viver de tecnologia. Humano de menos para largar tudo. Comunista demais para os dias de hoje. Comunista de menos para o que é preciso ser feito.
Mesmo inadequado, segue peleando. Como era de se esperar, falhando miseravelmente.

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