Pensamentos crônicos

O absurdo valor de mercado

Escrito por Bruno Zanette

Saudades de quando dezão era dinheiro, né, minha filha?

As coisas estão realmente caras ou sou eu que ganho mal? Sempre me fiz esse questionamento, mesmo sabendo a resposta. Sendo jornalista, não espere um elevado salário que permita morar em condomínios fechados, trocar constantemente de carro, viajar, etc. Fico feliz por conseguir pagar todas as minhas contas rotineiras.

Só que não é preciso ser PhD em Economia para saber que com o mesmo salário há uns anos atrá, era possível comprar muito mais itens nos supermercados do que hoje.

Um quilo de bife, quase 50 reais. Quem aguenta? O jeito é virar vegetariano, porque os produtos veganos também são caros.

Para quem tem carro, os gastos são ainda maiores, apesar de que em tempos de toque de recolher, pouco se utiliza o automóvel. Ainda bem, pois pagar mais de 5 reais no litro da gasolina? Prefiro pagar isso no litro da cerveja.

O gás de cozinha, aqui na cidade onde eu moro, passando dos 100 reais! Enquanto isso, no comando do desgoverno temos pessoas demonstrando cada vez mais toda a sua incapacidade de fazer qualquer coisa para mudar a situação do país.

Todos nós estamos na merda, mas neste caso gosto de pensar que com isso não colaborei. Não é torcer contra, gostaria muito que o Brasil avançasse. No entanto, com essa gente arrogante que temos por todos os lados, desde os mitos a apoiadores, não posso deixar de ter um pouco de satisfação e dizer: “Eu avisei. Faz arminha com a mão que passa”.

Enquanto isso, sigo pesquisando preços e me guiando pelos locais mais baratos, onde houver.

Sobre o autor

Bruno Zanette

Jornalista nascido e formado em Foz do Iguaçu-PR. Adora falar e contar histórias, por isso o rádio foi veículo onde mais trabalhou. Mas é na escrita onde costuma se expressar melhor. Gosta de um bom rock, livros, filmes e esportes (assiste bem mais do que pratica). Torce e sofre pelo Grêmio, não exatamente nessa ordem. Apesar de bem-humorado, gosta de piadas de humor bem duvidoso, e acha que a melhor maneira de rir é de si mesmo. Por isso, acredita que a própria vida poderá servir de inspiração para boas crônicas e contos. E tudo o mais que vier na telha para escrever.

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